Volume de apreensões aumenta 23% em Foz

O trabalho de vigilância e repressão da RFB (Receita Federal do Brasil) de Foz do Iguaçu (PR) rendeu, no prazo de onze meses, uma alta de 23% no volume de apreensões. 

De acordo com dados da RFB, entre janeiro e novembro de 2010 o valor de automóveis retidos equivalia a R$ 65 milhões de reais (US$ 35 milhões na cotação daquele ano). No mesmo período do ano, o montante já é de R$ 82 milhões (US$ 44 milhões em cotação atual). Até o mês passado, a equipe de fiscalização de Foz do Iguaçu apreendeu 3.624 veículos em condições ilegais.

“Esse aumento se deve ao trabalho integrado entre vários órgãos, como as forças policiais, a Força Nacional e o Exército. Não podemos esquecer também que a Receita Federal vem intensificando o trabalho de planejamento, de modo a otimizar os resultados, já que os recursos são limitados”, disse o assessor de comunicação da Delegacia da RFB em Foz, Auditor-Fiscal Ivair Luis Hoffmann.

Uma das ações que colabora para os resultados obtidos é a Operação Sentinela, que está em andamento. Por meio dela, somente a Polícia Rodoviária Federal apreende diariamente de dez a 12 carros com mercadorias decorrentes de contrabando. Com ações constantes nas rodovias e estradas rurais, a quantidade de automóveis retida nos pátios da Delegacia da RFB em Foz do Iguaçu hoje chega a 8 mil veículos, número equivalente à frota do município de Ampére, no Sudoeste do estado.

Outra estratégia comum na região, a de substituição dos comboios de ônibus carregados de drogas e mercadorias por veículos pequenos e caminhões, também vem recebendo tratamento reforçado da fiscalização da polícia e da Receita Federal do Brasil e garantindo o aumento nas apreensões.

Na década de 90, mais de 300 ônibus saíam de Foz do Iguaçu, principalmente às quartas e aos sábados, carregados com mercadorias do Paraguai. Cada veículo levava em média o equivalente a US$ 50 mil em produtos. A estratégia utilizada para dificultar a fiscalização, porque a polícia não conseguia parar todos os ônibus ao mesmo tempo, começou a ruir em 2005 quando uma megaoperação, com amparo da Justiça, foi realizada para apreender os ônibus. Com a apreensão, os muambeiros passaram a adotar carros pequenos e caminhões para o contrabando.

Fonte: com informações da Gazeta do Povo (PR)

Conteúdos Relacionados