Visita ao Rio comprova: cargo está desvalorizado
Fechando a série de visitas às unidades da RFB (Receita Federal do Brasil) na capital carioca para debater a conjuntura atual da Campanha Salarial da Classe, o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, conversou na tarde de terça-feira (6/11) com Auditores-Fiscais lotados na DRF/RJ I (Delegacia da Receita Federal do Brasil), no centro da cidade.
No encontro, os Auditores falaram sobre os resultados da operação crédito zero, o alcance da ação no que se refere à sua eficácia e aproveitaram para expor aos presidentes da DEN (Diretoria Executiva Nacional) e da DS/Rio, João de Abreu, que também participou da conversa, suas preocupações com as determinações da Portaria Sufis (Subsecretaria de Fiscalização) que trata da formação de equipes da fiscalização.
Segundo os Auditores, com a Portaria, existe a possibilidade de redução do número de Auditores nas equipes de fiscalização da DRF/RJ I, o que pode implicar em prejuízos para a atividade, bem como o acúmulo de serviço para os Auditores que permanecerem nos grupos. Eles solicitaram que sejam cobrados do coordenador-geral de Fiscalização da RFB, Auditor-Fiscal Iágaro Jung Martins, novos cargos de DAS e FG (Função Gratificada) para a criação de mais grupos de fiscalização na DRF.
Os presidentes da DEN e da DS ficaram de agendar uma reunião com Iágaro para cobrar o que foi prometido durante a videoconferência realizada no mês de agosto entre o coordenador e o Sindifisco para debater o tema.
Delarue lembrou que, na reunião, foi sugerida a inclusão de um dispositivo no texto da Portaria que pudesse garantir que a modificação no número de Auditores nas equipes não implicaria na redução do quadro no setor.
Os Auditores da Defis carioca também reclamaram a desvalorização da carreira e, entre outros questionamentos, criticaram a falta de estrutura e conforto no ambiente de trabalho. São nítidos, na unidade, os sentimentos de insatisfação e desmotivação dos Auditores-Fiscais.
Diante das colocações dos Auditores, Delarue reforçou a importância do engajamento e coesão da categoria na mobilização em prol da Campanha Salarial e de melhores condições de trabalho. “Temos que dar para o Governo a demonstração de que a máquina [Receita Federal], que sempre foi eficiente, vai parar de funcionar se não houver investimento na carreira”, disse o presidente do Sindifisco.