DEN debate estratégias de mobilização com Auditores de Uruguaiana
Em visita aos Auditores-Fiscais lotados em Uruguaiana (RS), na quinta-feira (19/7), a DEN (Diretoria Executiva Nacional) e o CNM (Comando Nacional de Mobilização) traçaram um panorama do movimento reivindicatório da Classe em todo o país, passando pelos resultados que já dão visibilidade ao movimento, como as filas que têm sido formadas em Foz do Iguaçu (PR) e as notícias de que as empresas de Manaus estão sendo obrigadas a dar férias coletivas aos seus funcionários devido à falta de insumos decorrente da operação-padrão da Classe.
Nos informes, o presidente do Sindicato, Pedro Delarue, falou sobre os registros das metas gerenciais de fiscalização, que segundo o levantamento do Sindicato já sinalizam para uma queda da ordem de 70% para o mês de julho.
Apesar dos resultados apresentados em um mês de mobilização, com operação-padrão nas zonas primárias e crédito zero, na secundária, o Governo continua intransigente e inerte às reivindicações da Classe. “Temos que aprofundar o movimento. Mesmo diante dos prejuízos ocasionados com a mobilização, o Governo insiste na decisão de não nos atender. Por isso temos de nos preparar para uma mobilização dura e de muito tempo”, afirmou Delarue.
Sobre as perdas salariais, Gelson Myskovsky (diretor-adjunto de Administração) falou sobre o impacto da falta de reajustes, acumulados desde 2008, quando aconteceu o último aumento, parcelado até 2010. “Já vamos para cinco anos de perdas que já somam algo da ordem de R$ 106 mil”, informou.
Eduardo Tanaka (um dos coordenadores do CNM) disse aos Auditores-Fiscais que “toda a estrutura do Sindicato está disponível, inclusive a política, para fomentar a mobilização”. João Eudes (diretor de Políticas Sociais e Assuntos Especiais) reiterou que a pasta comandada por ele também está disponível para receber as dúvidas e resolver possíveis problemas que podem surgir com o movimento.
Com experiência em outros movimentos reivindicatórios, a presidente da DS (Delegacia Sindical) Uruguaiana, Nory Celeste Ferreira, garantiu aos presentes que, especificamente na zona primária, a operação-padrão é a estratégia mais acertada de mobilização, inclusive tendo melhores resultados que um movimento paredista tradicional. “O Governo não poderá nos punir se estamos trabalhando, inclusive da forma mais correta, fazendo uma verificação mais apurada”, comentou.
Todas as dúvidas sobre os aspectos jurídicos do movimento foram esclarecidas pelo advogado da DEN David Hissi que falou sobre a possibilidade de corte de ponto, estágio probatório e concurso de remoção.
Foi lembrado que nunca houve nenhuma greve da Classe em que os Auditores-Fiscais de Uruguaiana não estivessem engajados. Os resultados, como em outros movimentos reivindicatórios, historicamente, contagia a Classe e faz a mobilização se alastrar pelo país. Dirimidas todas as dúvidas, a Delegacia Sindical anunciou que será marcada, imediatamente, uma nova reunião para que os Auditores discutam estratégias mais contundentes de mobilização.
Os principais objetivos dessas reuniões é informar as bases sobre as garantias legais do movimento e dirimir dúvidas da Classe. Também participaram do encontro o diretor de Relações Intersindicais do Sindicato, Rafael Pillar; o representante do Comando Regional da 8ª RF (Região Fiscal), Auditor-Fiscal Carlos Henrique Pantarolli, e chefes do Serviço de Administração Aduaneira, do Acompanhamento Tributário, e de Orientação de Análise Tributária, além de representantes das aduanas argentinas.
Mídia – A RBS TV entrevistou o presidente do Sindicato, Pedro Delarue, que aproveitou a oportunidade para fazer um alerta ao Governo, ressaltando que os prejuízos já são significativos e perceptíveis na sociedade, indústria e economia. A entrevista foi ao ar no jornal local de 19h30.