Entidades se mobilizam contra projetos prejudiciais

Unidade é a palavra de ordem que deverá comandar os trabalhos das entidades nacionais que representam os trabalhadores do setor público em 2011. Durante encontro realizado na Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) na última terça-feira, dia 18, representantes de 11 entidades reafirmarem que a união de forças é fundamental para impedir que projetos de lei prejudiciais aos trabalhadores do setor sejam aprovados.  O diretor-adjunto de Relações Intersindicais do Sindifisco, Luiz Gonçalvez Bomtempo, participou das discussões.

Para abrir a discussão, foi feita uma análise do cenário político atual pelos técnicos do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) e do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), Alexandre Ferraz e Antônio Augusto Queiroz, respectivamente. Eles foram incisivos ao afirmarem que o governo quer aprovar pautas que podem vir a ser desfavoráveis aos trabalhadores do setor público e que virar o jogo não será tarefa fácil. 

As matérias ameaçadoras já são conhecidas: PLP (Projeto de Lei Complementar) 549 (congela gastos com pessoal) , PLP 248 (demissão por insuficiência de desempenho) e a tentativa de aprovação de uma previdência complementar para o serviço público. Juntos os projetos se traduzem em limites aos investimentos públicos devendo ocorrer , na prática, congelamento de salários.

Na ocasião, a Condsef também apresentou os eixos da campanha de luta que nos próximos dias deverão ser discutidos com outras entidades.  

Dificuldades – O Dieese alertou ainda que as novas rodadas de negociação com Ministério do Planejamento devem ser difíceis.  O orçamento para este ano prevê apenas o que já está tramitando ou já foi aprovado pelo Congresso Nacional. Na avaliação do Diap, para alterar o quadro os servidores vão precisar investir forte na pressão junto aos parlamentares e também junto à Secretaria Geral da República, mediadora de processos de conflito no Executivo.

Também participaram da reunião representates do Andes, CNTSS, Condsef, CUT, Conlutas, Fasubra, Proifes, Sinal,  Sintbacen, Unacom Sindical.

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