Tabela do IR será corrigida, mas não resolve defasagem

A partir de 1º de janeiro entra em vigor a nova tabela do IR (Imposto de Renda) para pessoas físicas, com reajuste de 4,5% para todas as faixas de renda. Mas para o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco Nacional, Luiz Antônio Benedito, a tabela deveria ser reajustada em 54,10% para incorporar a inflação no período de 1996 a 2013. A explicação do sindicalista está no jornal Correio Braziliense e Estado de Minas de quinta-feira (26/12). A faixa de isenção subirá de R$ 1.710,78 para R$ 1.787,77, mas para Benedito a faixa de isenção deveria ser de R$ 2.754,95.

As informações do diretor de Estudos Técnicos estão também no jornal Diário de Pernambuco de quinta-feira (26/12). Para o Sindifisco, a tabela do IR não deveria sequer ser atrelada a qualquer índice inflacionário, mas sim ao rendimento médio do trabalhador assalariado e incluir deduções como aluguéis e juros das parcelas da casa própria. O Sindicato tem, inclusive, proposta nesse sentido, a Campanha Imposto Justo. Como o ano de 2014 é o último com a correção garantida pela Lei 12.469 de 2011, será preciso aprovar uma nova regra para reajustes da tabela para os próximos períodos. Momento ideal para aprovar a Campanha Imposto Justo, que não só muda a forma de correção IR, mas estabelece a taxação de lucros e dividendos a partir de R$ 60 mil por ano. Esses valores são isentos de IR no País desde 1995. Essa nova tributação, de acordo com o Sindifisco, financiaria as perdas com o reajuste da tabela e ainda haveria uma sobra.

Os jornais Estado de S. Paulo, O Povo, A Tribuna de São Carlos e O Dia divulgaram a Campanha Imposto Justo que recebe adesões através do site www.impostojusto.org.br e facebook.

Confira, abaixo, a tabela do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) que vigorou em 2013, a que será utilizada em 2014 e, por último, a tabela que deveria ser aplicada em 2014.

 

 

 

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