GT da Tabela Remuneratória tem primeira reunião

 

Representantes do Sindifisco Nacional, da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil) e do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho) iniciaram, na terça-feira (19/3), junto ao secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, e sua adjunta interina, Edina Maria, a primeira reunião do GT (Grupo de Trabalho) da Tabela Remuneratória.

Pelo Sindifisco Nacional, participaram o presidente, Pedro Delarue, a diretora-adjunta de Comunicação, Letícia Cappellano, e os Auditores empossados nos últimos concursos, Walter Luiz Junior (9ª Região Fiscal), Eric Sandro Eiti Hato (8ª Região Fiscal), Felippe Aquino de Moura e Rodrigo Brito Mendonça (ambos lotados nas Unidades Centrais).

Preocupação – Para demonstrar a importância do andamento dos debates, o presidente do Sindifisco fez um apanhado histórico das discussões do Sindicato com o Governo, ocorridas em meados de agosto de 2012, que resultaram na inclusão da tabela remuneratória, e reforçou que a categoria espera discutir o assunto a partir da realidade apresentada naquela ocasião.

“O que se dá não se pode tirar. A partir da pretensão do Governo de oferecer a tabela de nove padrões e baseada no salário inicial da AGU [Advocacia-Geral da União] à época, criou-se uma realidade política de que podemos avançar nas discussões desse GT a partir desse patamar”, disse.

A preocupação do sindicalista foi endossada por Eric Hato, que trabalha na Derat (Delegacia de Administração Tributária) da 8ª RF. Ao defender justiça no salário inicial da carreira, o Auditor-Fiscal citou casos de colegas recém-empossados que, apesar da pouca atratividade, assumem cargos de chefia e contribuem para o bom funcionamento da Receita Federal do Brasil.

“Estamos motivados e fazendo a nossa parte, mas a indignação é muito grande. Queremos que a realidade se adeque às nossas demandas”, reforçou Hato.

Os reflexos da falta de valorização do cargo pelo Governo foram mencionados por outro Auditor. Admitido no concurso de 2009, Felippe de Moura mencionou o desinteresse cada vez maior de pessoas que se preparam para concursos públicos. “O último concurso registrou o maior índice de abstenção da história. Se continuar assim, a Receita começará a perder talentos”.

Atento às observações, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento afirmou que reconhece a legitimidade da Classe e que espera debater, já no próximo encontro, questões pontuais trazidas pelos participantes.

Sérgio Mendonça se comprometeu ainda em contatar a RFB e o Ministério da Fazenda, a fim de que os órgãos contribuam para dar celeridade ao processo de discussões.

Para a próxima reunião, prevista para abril, os integrantes do Grupo apresentarão um estudo técnico para orientar os debates. Também ficou acertada a presença de um representante da Administração da RFB na próxima reunião do GT. Segundo a secretária adjunta da pasta, Edina Maria, "a pretensão é que o trabalho se encerre em três ou quatro reuniões". 

Para a diretora-adjunta de Comunicação do Sindifisco, Letícia Cappellano, "esse primeiro encontro foi importante porque nos permitiu saber o que é necessário para darmos os primeiros passos. Quais argumentos e elementos ajudarão a construir uma proposta que venha ao encontro das nossas expectativas”. 

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