Megaoperação tenta recuperar R$ 4 bi em impostos
A 1ª Operação Nacional de Combate à Sonegação Fiscal foi deflagrada no Distrito Federal e em mais nove estados – São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Norte.
Os principais alvos da ação foram estabelecimentos comerciais, indústrias e atacadistas. A operação consumiu dez meses de investigação e foi coordenada pelo GNCOC (Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas), formado por promotores do Ministério Público, que disseram estar otimistas quanto à recuperação da maior parte dos valores sonegados.
Lavagem de dinheiro, fraude e adulteração de produtos foram os crimes mais constatados pelos agentes e Auditores-Fiscais. A maioria das empresas fiscalizadas é de médio porte e os tributos mais sonegados foram o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o ISS (Imposto Sobre Serviços).
Também foram identificadas irregularidades em lojas que vendem pela internet. Embora existam virtualmente, muitas não têm sede. “Do ponto de vista físico, estas empresas funcionam em residências ou em anexos a estas residências. Mas em alguns casos são pessoas físicas que se escondem no universo virtual. A empresa é um registro no papel. No entanto, a dimensão financeira que movimenta é elevada", afirmou o superintende regional da Receita Federal do Brasil da 8ª Região Fiscal, José Guilherme Antunes de Vasconcelos.
Segundo Guilherme, é hora de pensar nas próximas etapas. "O que nós conseguimos foi um volume formidável de documentos para serem agora trabalhados e isso vai gerar várias ações”, ressaltou.