Sindifisco participa de seminário sobre Reforma da Previdência
A Associação Nacional dos Participantes de Previdência Complementar e Autogestão em Saúde (Anapar) realizou, nesta terça (8), no Hotel San Marco, em Brasília, o seminário “A Previdência no Setor Público: Demandas e Desafios” com o objetivo de discutir os reflexos da PEC 6/2019, que trata da Reforma da Previdência, para o funcionalismo público. O Sindifisco Nacional foi representado na mesa de abertura pelo vice-presidente Jesus Luiz Brandão e pelo diretor de Administração e Finanças Elias Carneiro Junior.
Durante a abertura, Jesus Luiz Brandão ressaltou a importância de unificar a força das entidades que representam os servidores públicos nos debates sobre previdência complementar diante das mudanças que ocorrerão com a Reforma da Previdência. “Precisamos nos unir para cuidar deste assunto, porque se não o fizermos, seguramente o governo não o fará”, destacou.
Para o presidente da Anapar, Antônio Bráulio de Carvalho, a Reforma da Previdência trará um impacto significativo para os servidores e, mais do que nunca, os fundos de pensão estarão em destaque. Neste contexto, a Anapar tem buscado se aproximar das entidades representativas do funcionalismo público com o objetivo de fortalecer o debate sobre previdência complementar.
“Mais do que desinformação, existe uma tentativa de destruição dos fundos de pensão, seja pelos meios de comunicação, seja por alguns setores do governo. Depois da previdência oficial, a complementar é a poupança a longo prazo mais importante para o desenvolvimento do país. São mais de R$ 900 bilhões em recursos. Se não lutarmos por isso, esses recursos serão transferidos ao sistema financeiro”, alertou.
O Auditor-Fiscal Ricardo Penna, presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp), criada em 2012, acredita que, a partir da Reforma da Previdência, haverá maior adesão ao regime complementar, seja de servidores federais, estaduais ou municipais. Ele participou do debate “Desafios da Previdência Complementar no Setor Público”.
“Previdência significa proteção. Portanto, se o regime oficial aumentou o tempo de contribuição e reduziu o valor da pensão, por exemplo, o servidor tem que compreender que pode balancear essa proteção com a previdência complementar. É um patrimônio dele e de sua família”, explicou.
Ricardo Penna prevê maior competição neste segmento, com a entrada de entidades ligadas a bancos e seguradoras, mas defende o fortalecimento da organização da previdência complementar como resposta a este desafio. Atualmente a Funpresp tem quase 90 mil participantes, dos quais cerca de três mil são Auditores-Fiscais.
Também participaram do evento, como palestrantes, o subsecretário da Previdência Complementar Paulo Fontoura Valle, o ex-ministro da Previdência Ricardo Berzoini e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais Cássio Maldonado Turra. O seminário teve apoio do Sindifisco Nacional, Funpresp, Unafisco Nacional e Anfip.