Sindifisco Nacional cobra da SGP autorização para concurso de Auditor-Fiscal

A autorização para o concurso público de Auditor-Fiscal foi o tema da reunião solicitada pelo Sindifisco Nacional à Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP) nesta quinta (9), na sede do órgão, em Brasília. O 1º vice-presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Tiago Barbosa, e o diretor-secretário, Auditor-Fiscal Samuel Rebechi, foram recebidos pelo diretor do Departamento de Relações do Trabalho no Serviço Público, Cleber Izzo, e pelo coordenador-geral de Negociação Sindical no Serviço Público, José Borges de Carvalho Filho.
Os representantes da SGP abriram a discussão destacando que a secretaria vem sendo procurada por representantes de diversas carreiras com a mesma demanda dos Auditores-Fiscais. Segundo Izzo, a necessidade de recomposição dos quadros da Receita Federal foi confirmada pela administração da Casa, e o processo está avançado e é considerado prioritário. No entanto, no momento a SGP, só está autorizada a negociar questões que não tenham impacto financeiro.
“Sabemos que existe um processo em andamento, o que tem gerado uma grande expectativa da categoria. A situação é dramática. Ficar oito anos sem concurso é ruim para os Auditores e pior para o Brasil. Tratar a questão do concurso sob a ótica do orçamento é um paradoxo, já que o orçamento depende do nosso trabalho e vice-versa”, rebateu Tiago Barbosa.
Samuel reforçou a necessidade de a Receita Federal ser tratada como prioridade e destacou que o quadro de Auditores se reduziu em mais de 40% nos últimos anos e que 1/3 dos cerca de 7 mil ativo recebe abono de permanência. “O concurso é um pleito da Receita Federal, não apenas dos Auditores ou do Sindifisco Nacional. A SGP já constatou que existe a necessidade e considera uma prioridade. Estamos muito próximos da data limite para que o concurso seja realizado ainda este ano. O que falta para ser definido o número de vagas e autorizada a realização? ”, questionou Samuel Rebechi.
José Borges reafirmou que a Receita é considerada prioridade e que a SGP está estudando como gerir os recursos disponíveis para o tema. Segundo ele, o que está em debate é o quanto se pode expandir o gasto público, considerando inclusive que, neste momento, o atendimento da demanda de uma carreira repercutiria nas demais.