Diretoria do Sindifisco debate Reforma da Previdência com deputada

Para o presidente do Sindifisco, é possível buscar o equilíbrio das contas públicas pelo lado das receitas, priorizando a Reforma Tributária. “Existem outras alternativas para se chegar à economia de R$ 1 trilhão em dez anos. O governo precisa fazer a lição de casa. E, nesse ponto, a Receita Federal tem muito a colaborar”, defendeu Kleber Cabral. Recentemente, o Sindifisco publicou uma cartilha sobre a Reforma da Previdência e os impactos sobre os direitos dos servidores. A expectativa é que os parlamentares acolham os estudos já realizados pelos Auditores-Fiscais.
“A PEC 06 atinge diretamente o servidor público. Além disso, é uma reforma que afetará principalmente os mais pobres, pois cerca de 80% da economia que se pretende alcançar virá do Regime Geral de Previdência Social”, explicou George Alex. Entre as medidas para assegurar o equilíbrio fiscal, estão o combate mais firme à sonegação e a reversão de desonerações, estimadas em R$ 300 bilhões.
Além dessas medidas, o Sindifisco defende uma Reforma Tributária que simplifique o sistema tributário e desonere o consumo. Nas próximas semanas, o sindicato vai reforçar o trabalho parlamentar junto aos demais partidos e suas bancadas. “As reformas estruturais são temas relevantes para a República, e certamente o Sindifisco estará envolvido, conversando com todos os partidos, independentemente do viés de cada um. Não importa se compõem a base do governo ou a oposição, pois o que queremos é contribuir para a construção de um Brasil melhor”, disse George Alex.
Durante a reunião, a deputada Margarida Salomão fez duras críticas à Reforma da Previdência. “O grande problema do país, hoje, é a estagnação econômica e a desigualdade social, que tem alcançado índices inéditos, segundo o IBGE. Com essa reforma, teremos uma nação de idosos miseráveis”, finalizou.