Carreiras da Campanha Conjunta criticam decreto antigreve em Ato Público

Há cinco dias de o Governo anunciar se há contraproposta a ser apresentada às reivindicações dos servidores públicos, as entidades que compõem a Campanha Salarial 2012 e as representativas da segurança pública do Distrito Federal se uniram em Ato Público em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na quinta-feira (26/7), para pressionar o Executivo a negociar efetivamente com as categorias.

Durante o protesto, as carreiras deixaram claro que é a postura do Executivo que tem empurrado os servidores públicos para uma mobilização cada vez mais contundente. Nesse sentido, o presidente do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado) e do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, destacou a edição do Decreto 7.777/12, publicado no DOU (Diário Oficial da União) na quarta-feira (25/7).

“Como é que um Governo, que se diz democrático, edita um decreto com objetivo claro de solapar um movimento? Estamos apenas realizando um movimento legítimo de direito. Somos carreiras típicas de Estado, sustentamos esse país. Só queremos o que é nosso, reajuste, dignidade e respeito”, afirmou Delarue.

O sindicalista fez um chamamento aos servidores, para que todos estejam, em número ainda maior, reunidos no dia 8 de agosto em frente ao Palácio do Planalto, para dizer o quanto estão insatisfeitos com a contrapartida que têm recebido como retorno aos serviços de excelência que prestam à sociedade e ao país.

Ainda sobre o decreto, Delarue informou aos presentes que as entidades representativas dos fiscais estaduais e municipais já fecharam apoio aos servidores federais e vão dizer não à determinação do Governo.

Na mesma linha, outras entidades ressaltaram que, apesar das represálias, não estão intimidadas e que, ao contrário da expectativa da presidente Dilma Rousseff, a edição do decreto esquentou ainda mais a Campanha Salarial, como explicitou o presidente da Aner (Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais), Paulo Mendes. “O momento é de fortalecer ainda mais a luta”, convocou o sindicalista.

O presidente da Assecor (Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Planejamento e Orçamento), Eduardo Rodrigues, classificou o Governo como intransigente e ditador. “A presidente tem mostrado uma faceta nefasta, usando de inverdades da mídia para colocar a sociedade contra nós. Estamos aqui para dizer que não haverá retrocesso enquanto não houver vitória para os servidores públicos”, afirmou o sindicalista.

Os integrantes da Segurança Pública do Distrito Federal asseguraram que estão firmes no apoio à Campanha Salarial dos servidores públicos federais e foram incisivos ao afirmarem que no dia 8 de agosto, quando acontece o próximo ato, há disposição das categorias para parar a capital federal e, em seguida, o país, em prol das revindicações.

Representantes do CNM (Comando Nacional de Mobilização) do Sindifisco Nacional também acompanharam o Ato.

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