Auditores debatem história do sindicalismo visando ao futuro
Começou nesta quinta-feira (19/3) o seminário “As repercussões da ausência da LOF e da Representação Parlamentar Delegada na Garantia da Autoridade Fiscal e Defesa do Interesse Público”, promovido pela DS (Delegacia Sindical) Santos (SP).
A DEN (Diretoria Executiva Nacional) foi representada pelo presidente do Unafisco, Pedro Delarue, e pelos diretores Ivone Monte (Administração), Rogério Calil (secretário-geral), Dagoberto Lemos (Relações Intersindicais), Luiz Benedito (Estudos Técnicos), Clotilde Guimarães (Assuntos de Aposentadoria, Proventos e Pensões), Wagner Teixeira Vaz (Assuntos Jurídicos) e Eduardo Neves Moreira (Assuntos Parlamentares).
As DS/Bauru, Cumbica, Guarulhos, Juiz de Fora, Marília, Piracicaba, Santo André, São José do Rio Preto, São Paulo, Sorocaba e o Sindifisp/SP (Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil no estado de São Paulo), apoiadores do evento, também enviaram representantes para o debate.
Pedro Delarue, o presidente da Fenafisp (Federação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), Lupércio Montenegro, e o presidente da Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público), José Carlos Cosenzo, integraram a mesa do painel “Estratégia de Atuação Sindical na Dinâmica do Estado Democrático de Direito”.
O presidente do Unafisco fez um relato da participação dos sindicatos nos principais momentos históricos vividos no Brasil desde a década de 80 e destacou como a estratégia da atuação sindical influenciou as negociações e mobilizações. Segundo ele, a decisão dos sindicatos da época de simplesmente negarem a Reforma da Previdência pretendida em 2003, em vez de debaterem o assunto, pode ter facilitado a instituição da contribuição previdenciária dos aposentados e pensionistas.
Delarue defendeu que hoje não há mais o embate sindicalismo de enfrentamento versus sindicalismo de resultado. “Vivemos o novo corporativismo, que tem como norte o interesse da Classe e também tem interesses sociais nos temas em que somos especialistas, ou seja, nas questões tributárias”, afirmou. Como exemplo prático, ele citou a nova parceria com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), para a elaboração de estudos sobre a justiça tributária no país e o contrato firmado com a Esaf (Escola de Administração Fazendária), para levar à sociedade a educação fiscal.
Para o presidente do Unafisco, a articulação em torno dos interesses da Classe tem necessariamente que passar pelo mundo da política. “Não há saída fora da política. Se você não colocar a mão na ‘lama’, você não limpa a casa. É preciso acabar com a hipocrisia. Temos que envolver a nossa Classe e quem mais pudermos para buscar influir na política, inclusive, se os Auditores assim quiserem, com a representação parlamentar. Entretanto, o debate deve ser aprofundado para discutirmos a forma de representação”, concluiu.
O seminário continua durante amanhã (20/3). A nota enviada pela DS/Santos com o relato completo sobre a discussão pode ser lida aqui.