Participantes cobram sistema de seguridade social
Um sistema de seguridade social que ofereça plena proteção aos trabalhadores foi o principal assunto do terceiro e último dia da XVII Reunião Regional Americana da OIT (Organização Internacional do Trabalho), em Santiago, no Chile. O debate, que termina hoje (17/12), está sendo acompanhado pelos diretores do Sindifisco Nacional, Gelson Myskovsky (Defesa Profissional) e João Cunha (Relações Internacionais), que também é presidente da Frasur (Federação dos Funcionários da Arrecadação Fiscal e Aduaneiros do Mercosul).
Durante o encontro, o ministro do Trabalho da Argentina, Carlos Tomada, disse que seu país aprendeu da pior forma possível com as crises vividas na última década e que políticas econômicas prontas, formuladas no exterior, nem sempre são adequadas aos países latino-americanos.
Segundo Tomada, para sair da crise, a Argentina apostou no incremento do seu sistema de seguridade social. Na avaliação do ministro, a seguridade gera desenvolvimento e não é simplesmente uma consequência dele. Hoje, mais de 98% dos trabalhadores argentinos estão cobertos por algum tipo de proteção social.
Os representantes das entidades sindicais alertaram para o fato de as políticas neoliberais continuarem insistindo em privatizações do sistema, especialmente, nos países mais pobres da Europa. Os trabalhadores defenderam com veemência a implantação, em todas as nações, da resolução 102 da OIT, que garante normas mínimas de seguridade social.
No entanto, de acordo com o representante da CGT (Confederación General de Trabajadores) da Argentina, Guillermo Zucotti, o que se quer não é uma seguridade mínima, mas uma seguridade digna. Em vista disso, os participantes convocaram a OIT e os países ali representados a saírem do discurso para a prática, com a efetiva implementação de um sistema de proteção com universalidade e integralidade, sem abrir mão da participação de trabalhadores, empregadores e governos.