Arrecadação de maio bate novo recorde
A arrecadação das receitas federais bateu novo recorde no mês de maio, atingindo R$ 61,1 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2009, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 16,55%. De janeiro a maio deste ano, a arrecadação alcançou R$ 318 bilhões. Em relação a igual período de 2009, os números significam uma variação real de 11,73%.
Os números foram divulgados pela RFB (Receita Federal do Brasil) na tarde desta terça-feira (22/6). De acordo com o coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita Federal do Brasil, Auditor-Fiscal Victor Lampert, o resultado positivo se deve à recuperação de indicadores macroeconômicos, como a produção industrial, a venda de bens e a massa salarial. “Continuaremos trabalhando com a hipótese de crescimento de 10 a 11% nos próximos meses. Mesmo que a produção não esteja crescendo tanto, a arrecadação pode crescer acima do PIB”, destacou o coordenador.
Ainda segundo Lampert, a arrecadação vem batendo recordes, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde outubro do ano passado. Portanto, maio é o oitavo mês consecutivo de recorde.
Em 2009, o governo diminuiu tributos para estimular o crescimento econômico, fator que contribuiu para reduzir a arrecadação. Com a retomada do ritmo de crescimento econômico e com o fim das desonerações de tributos, a arrecadação voltou a ganhar fôlego em 2010.
Números – Com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de automóveis, por exemplo, o governo arrecadou 247% a mais de janeiro a maio. No ano passado, o imposto havia sido reduzido para estimular a economia do país.
No caso do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), o aumento real da arrecadação foi de 1,99% de janeiro a maio. Também subiu a arrecadação do IRRF-Rendimentos do Trabalho, que avançou 6,93% nos cinco primeiros meses deste ano.
Em relação à Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), houve crescimento real de 20% de janeiro a maio deste ano. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), cuja alíquota para estrangeiros subiu 2% em outubro do ano passado, o aumento foi de 33,48% nos cinco primeiros meses de 2010.