Centrais mantêm pressão por mudança na tabela do IR
A edição on line do jornal Folha de São Paulo desta terça-feira (8/2) publicou matéria sobre a pressão das centrais sindicais acerca da correção na tabela do IR (Imposto de Renda). Segundo o veículo, o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta terça-feira que o governo está disposto a ceder na negociação sobre a correção do IR, mas manterá a proposta de R$ 545 para o salário mínimo.
"O governo tem pressa em aprovar no Congresso uma regra para formalizar o critério de correção dos salários. Temos interesse em votar isso logo. Na questão do mínimo, nós entendemos que não há mais negociação. A nossa tendência é reafirmar os R$ 545. Na questão do IR, é evidente que vamos conversar", disse o ministro ao jornal.
O assunto também foi alvo de publicações no portal UOL Notícias e no jornal O Globo. A mobilização das centrais sindicais partiu de um alerta do Sindifisco Nacional ao divulgar na imprensa, em novembro do ano passado, um estudo apontando para a necessidade de correção da tabela de IR. Pelos cálculos do Sindicato, mesmo com a reposição aplicada entre 2007 e 2010, a defasagem da tabela ainda está em 64,1% frente aos valores de 1995.
Mínimo – Além da reivindicação pelo ajuste da tabela do IR, o reajuste do salário mínimo, que é outra demanda dos sindicalistas, também foi mencionado pela imprensa. Ainda de acordo com a Folha, o ex-presidente Lula acusou, na última segunda (7/2), de oportunista a recusa dos dirigentes sindicais em aceitar o aumento no salário mínimo proposto pelo governo de sua sucessora, Dilma Rousseff. As centrais sindicais querem R$ 580, embora sinalizem que podem admitir valor mais baixo.
"O que não pode é os nossos companheiros sindicalistas, a cada momento, quererem mudar a regra do jogo", teria dito o ex-presidente em Dacar, onde participa do Fórum Social Mundial.