RFB forma mais uma turma de cães farejadores
O CNCF K9 (Centro Nacional de Cães de Faro) da Receita Federal do Brasil localizado em Vitória, no Espírito Santo, acaba de formar cinco equipes. O curso de formação das duplas, cão e condutor, durou 24 dias, e os farejadores já estão aptos a encontrar diversos tipos de drogas e outros objetos, auxiliando assim o combate de diversas modalidades de crime, como o tráfico internacional de drogas e entorpecentes, o transporte ilegal de moedas e o transporte ilegal de explosivos e armas nas unidades aduaneiras e pontos de fronteira.
O centro de formação de cães foi criado por meio da Portaria 116/10 publicada na edição do dia 27 de janeiro do DOU (Diário Oficial da União). No treinamento, os condutores tiveram a oportunidade de aprender as técnicas de condução em cargas armazenadas, veículos, bagagens e encomendas postais. Das cinco equipes que participaram do curso, uma integrará o plantel fixo do CNCF e as demais exercerão suas atividades nos CCF (Centros de Cães de Faro), localizados em várias unidades da Receita por todo o país.
O auxílio dos cães é indispensável para aprimorar os procedimentos aduaneiros na fiscalização de cargas, pessoas e veículos nos grandes eventos internacionais que se avizinham, como a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
CNCF – Em janeiro de 2010, a Receita Federal do Brasil formalizou a ampliação do trabalho com cães farejadores no combate à evasão de divisas e ao tráfico de drogas por meio da Portaria 116/10 criando o CNCF K9.
O centro é resultado da insistência do Auditor-Fiscal Carlos Henrique Xavier. Em entrevista ao Jornal Integração edição 8 de 2009, ele relatou que o K9 surgiu da necessidade de atender às denúncias recebidas pela Alfândega da capital capixaba. “Antes, realizávamos fiscalização com os cachorros da polícia local, mas não conseguíamos confirmar as indicações que nos eram repassadas”, destacou à época Henrique, que atualmente é chefe do Nurep (Núcleo de Repressão ao Contrabando e Descaminho) Espírito Santo.
As unidades K9 recebem este nome em função da sonoridade da sigla – cunhada nos Estados Unidos durante a primeira guerra mundial. Em inglês, a palavra “canine” (canino, em português) pode ser obtida pela pronúncia da letra “k” (“kay”) seguida do número “9” (nine). Por esse motivo e pela larga utilização de cães para diversas funções, a sigla se popularizou e é comum as unidades que envolvem o trabalho com cães receberem este nome em diversas partes do mundo.
Formação – Os cachorros passam por treinamento e avaliações rigorosos desde o nascimento até um ano de idade, quando estão aptos a começar o “trabalho”. Os Auditores que irão acompanhar os cães também passam por uma preparação de, aproximadamente, um mês para aprenderem os comandos e se adaptarem aos animais.
O adestramento de cães para o trabalho de faro é uma brincadeira de procurar, em que o cão usa, principalmente, o seu instinto de caça. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o cão não é viciado e não passa fome para procurar algo. O trabalho é realizado através dos instintos do cão (caça, auto defesa ou reprodução).