Auditores comemoram 20 anos de Sindifisco com foto histórica

 
Auditores-Fiscais que participaram da fundação do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Tesouro Nacional), em fevereiro de 1989, reencontraram-se no Congresso de Unificação para uma foto comemorativa histórica. O Sindifisco, criado logo após a promulgação da Constituição Federal de 1988 (que permitiu a sindicalização dos servidores públicos), é a primeira entidade sindical representativa da Classe e, de certa forma, deu origem ao atual Unafisco Sindical.
 
A organização para a foto e para o reencontro foi obra do Auditor-Fiscal aposentado Francisco Sérgio Nalini, que participou, ao lado de outros 1.500 Auditores-Fiscais, da Assembleia Geral que aprovou a criação do Sindifisco. “Vim para o Congresso por causa da questão simbólica dos 20 anos, quero ajudar a reescrever a história da Classe”, afirma, ressaltando que, desta vez, como membro da Comissão de Sistematização da Minuta do Estatuto, considera que a nova entidade tem um pouco de sua “caligrafia”.
 
Ainda de acordo com Nalini, embora pareça contraditório, o reencontro está sendo marcado pelas mudanças ocorridas nos 20 anos passados e pelas similaridades com a assembleia de 1989. “O espírito de preservação da categoria e os debates inflamados continuam sendo realizados da mesma forma, o que mudou é a tecnologia. Escrevemos o primeiro estatuto à mão e, hoje, cada grupo tem um notebook disponível para sistematizar as propostas”, compara.
 
Para a primeira presidente do Sindifisco, Maria Izabel Almeida, em análise das duas primeiras décadas de representação da Classe, o sentimento é de que foi feito um bom trabalho. “Quando começamos, queríamos criar uma entidade participativa e democrática, e foi isso que fizemos”, avalia Maria Izabel. “Espero que dessa fusão, que considero fundamental, consolidemos ainda mais essa condição”, conclui.
 

História

Até 1969, cada categoria de servidores do Fisco tinha seus interesses defendidos por entidades diferentes, como a AAFIRB (Associação dos Agentes Fiscais do Imposto de Renda no Brasil), a AFRI (Associação dos Agentes Fiscais de Rendas Internas), a ABAFIA (Associação Brasileira dos Fiscais Aduaneiros) e a ACAF (Associação dos Coletores da Arrecadação Federal).
 
A partir de 1969, todas essas categorias foram transformadas em AFTF (Agentes Fiscais de Tributos Federais) por conta da criação da Secretaria da Receita Federal, que consolidou em um único órgão as atividades de tributação, fiscalização e arrecadação de todos os impostos e contribuições federais. Todas as carreiras que antes eram vinculadas a diversas entidades passaram, em 1970, a ser representadas por uma única: a Unafisco Nacional – União Nacional dos Agentes Fiscais de Tributos Federais.  
 
Três anos depois, os AFTF foram transformados em FTF (Fiscais de Tributos Federais) e, em 1985, passaram a ser denominados de AFTN (Auditores-Fiscais do Tesouro Nacional), termo que também passou a fazer referência aos antigos Controladores de Arrecadação Federal. A partir daí, surgiu a ideia de se fundir a Unafisco (que era a associação dos Auditores-Fiscais) e a Unacaf (União Nacional dos Controladores da Arrecadação Federal), o que se concretizou em 1987.
 
Com a Constituição de 1988, todos os servidores públicos conquistaram o direito de se organizarem em sindicatos. Em fevereiro do ano seguinte foi criado o Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Tesouro Nacional).
 
Nos anos seguintes, os AFTN continuaram sendo representados por duas entidades (uma associação e um sindicato), situação que perdurou até o início de 1995, quando, em março, a categoria decidiu unir Unafisco e Sindifisco em uma única organização – o Unafisco Sindical.

 

 

 

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