Record: veto à correção é perverso com trabalhador

O Sindifisco Nacional avalia que, ao decidir vetar a correção de 6,5% à tabela de Imposto de Renda, o Governo optou por dar continuidade à arrecadação com menor esforço, colocando mais contribuintes para pagar impostos. Foi essa a linha da entrevista que o presidente do Sindicato, Cláudio Damasceno, concedeu ao jornalista Luiz Fara Monteiro, da TV Record na tarde de terça-feira (20/1), sobre a defasagem da tabela de Imposto de Renda.  Suas declarações foram ao ar no mesmo dia, no Jornal da Record, às 20h40. 

Caso a presidente Dilma Rousseff tivesse sancionado a correção de 6,5%, os trabalhadores com ganhos até R$ 1.903,38 ficariam isentos do pagamento do Imposto de Renda. Atualmente, quem tem rendimento acima de R$ 1.787 já é contribuinte. Hoje, a defasagem real da tabela é de 64,28%, percentual registrado até dezembro de 2014. Se esse índice fosse aplicado, o limite de isenção subiria para R$ 2. 935. O Governo deve insistir na correção de 4,5%, como tem feito desde 2007. 

“A não correção da tabela é uma perversidade para maioria da população brasileira, que está pagando imposto que não deveria ou pagando mais que o devido”, explicitou Damasceno. 

O sindicalista destacou que a correção da tabela de Imposto de Renda “traria justiça fiscal ao país”. 

Ele enfatizou ainda que existem outras formas de aumentar a arrecadação, combatendo a sonegação e trazendo para a tributação setores que, hoje, estão isentos, como por exemplo a tributação sobre lucros e dividendos distribuídos pelas grandes empresas. 

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