Reajuste do vencimento básico entra nas prioridades dos Auditores-Fiscais para 2023

Em decisão aprovada na Assembleia Nacional do dia 11 de outubro, com 85,96% dos votos, o reajuste do vencimento básico foi incluído na pauta reivindicatória dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, sem prejuízo da luta pela regulamentação do bônus.

A inclusão do reajuste do vencimento básico na pauta de reivindicações dos Auditores-Fiscais foi proposta por representantes das Delegacias Sindicais do Recife e de Belo Horizonte, em reunião do Conselho de Delegados Sindicais (CDS), realizada entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, e aprovada por 56 dos 57 presentes. A partir daí, foi submetida à deliberação da Assembleia Nacional, obtendo nova vitória por ampla maioria. A decisão é um passo importante para a reunificação da categoria, uma vez que atinge tanto ativos quanto aposentados e pensionistas.

De acordo com a proposta das duas Delegacias Sindicais, o reajuste deverá ser calculado com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado desde janeiro de 2016, já que a última revisão dos vencimentos considerou a inflação até 2015. As perdas acumuladas desde então chegam a 40%.

Recife

Segundo o presidente da DS/Recife, Auditor-Fiscal Dauzley Marques de Miranda, a proposta de inclusão do reajuste do vencimento básico na pauta de reivindicações foi levantada na assembleia pré-CDS. “Queríamos deixar claro que não será possível o governo apresentar qualquer proposta quando ele quiser. Precisamos de um reajuste condizente com o período acumulado. Estamos todos sentindo no bolso (a defasagem)”, explicou.

A proposta foi aprovada localmente na Assembleia Nacional, ratificando o desejo da base pelo tema. “Entendemos que o reajuste é muito importante, mas sempre mantendo o foco no bônus de eficiência”, avaliou.

Belo Horizonte

“Nosso último reajuste foi aprovado em 2016 e implementado em 2017, 2018 e 2019. Mas se referia a exercícios anteriores. Por isso, defendemos que a recomposição seja calculada desde 2016. Apresentamos a proposta na assembleia pré-CDS, pensando em preparar a categoria para 2023. Já iniciaremos o ano com a definição da pauta que será apresentada para o governo, independentemente de quem vença a eleição”, explicou o presidente da DS/BH, Auditor-Fiscal Robson José do Couto.

Segundo ele, as iniciativas não foram combinadas entre as duas DS. No entanto, no âmbito do CDS houve uma composição das duas propostas que tinham o mesmo objetivo, chegando à definição do período a ser pleiteado e ao índice a ser utilizado para o cálculo.

Unidade da categoria

O resultado da assembleia demonstra que, embora não abram mão da regulamentação do bônus, pendente desde 2017, os Auditores entendem ser necessária a retomada da pauta financeira com uma reivindicação que proporcione uma unidade ainda maior da categoria. O pleito se torna vital quando se considera que, de 2016 até agora, o poder aquisitivo dos servidores públicos em geral foi reduzido quase pela metade.

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