Entrevista: “Imposto Justo é redistribuição de renda”
Afinal, quem será beneficiado com a campanha do Imposto Justo? A pergunta foi o mote da entrevista concedida ao vivo pelo presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, na quinta-feira (30/5). Na oportunidade, o sindicalista esclareceu aos ouvintes o principal ponto da campanha lançada no 21 de maio, na Câmara dos Deputados.
Delarue explicou que se trata de um projeto que prevê uma grande redistribuição de renda, e que, ao longo de 10 anos, as medidas propostas vão fazer com que as camadas mais ricas da sociedade contribuam com cerca de R$ 140 bilhões que vão direto para as camadas mais pobres da população. Já do ponto de vista tributário, o presidente do Sindicato afirmou que o projeto é neutro. Ou seja, não há aumento nem perda de arrecadação.
“Hoje, uma pessoa que ganha R$ 500 mil por mês (fruto de distribuição de lucros ou dividendos) não paga um centavo de Imposto de Renda, enquanto que uma pessoa que ganha a partir de R$ 1.700, e que é assalariada, já começa a pagar Imposto de Renda. Essa é uma situação altamente injusta que o projeto procura corrigir”, esclareceu Delarue.
Sobre o interesse político em propor uma reforma tributária mais justa, Delarue esclareceu que o projeto atinge contribuintes que hoje são isentos de Imposto de Renda e que são, justamente, as pessoas que têm participação ativa no financimento de campanhas eleitorais – razão pela qual não existe nenhuma inclinação para propor uma reforma da envergadura sugerida pela campanha Imposto Justo.
Como contribuir – Também por esse motivo, o Sindifisco Nacional acredita que o projeto deve tramitar como de iniciativa popular. Agora, a campanha está na fase de coleta de assinaturas. Na entrevista, Delarue destacou ainda que, para contribuir, basta acessar o hotsite da campanha e aderir. Em breve, também serão montadas barracas nas ruas para a coleta física de assinaturas da população. A ideia é que até o fim do ano a campanha já tenha 1,5 milhão de assinaturas para tramitar a partir de 2014 no Congresso Nacional.
Ouça aqui a íntegra da entrevista.
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