Presidente do Sindicato fala sobre PL 1992/07 em entrevista

O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, concedeu entrevista à Rede Bandeirantes de Televisão na quinta-feira (1º/3) sobre os vícios do PL 1992/07, aprovado na Câmara dos Deputados na terça e quarta-feira (28 e 29 de fevereiro), e esclareceu sobre alguns pontos que tratam do assunto.

O sindicalista explicou do equívoco em se comparar os regimes criados para servidores e trabalhadores da iniciativa privada – uma vez que são distintos. Ele também acrescentou a dificuldade em manter qualificação no serviço público sem o atrativo de uma aposentadoria integral.

Delarue esclareceu ainda que uma das diferenças entre os regimes atuais está em que os servidores públicos contribuem para a aposentadoria integral.

“Um juiz do Supremo Tribunal Federal ganha hoje cerca de R$ 27 mil por mês com todas as suas responsabilidades e contribui com cerca de R$ 3 mil para a Previdência, enquanto que um funcionário da iniciativa privada que receba o mesmo valor repassa aos cofres apenas cerca de R$ 400 reais, ou seja, 11% do teto do regime geral, que hoje é cerca de R$ 3.600,00. Nada mais justo que, se o ministro recolhe 7,5 vezes mais que o funcionário privado, ele receba sua compensação futura através de uma aposentadoria 7,5 vezes maior que a do funcionário privado”, disse.

Questionado sobre o suposto rombo da Previdência, Delarue recordou gastos do governo feitos anos atrás com dinheiro da Previdência, como a construção de Brasília, da ponte Rio/Niterói e da Transamazônica e que não foram devolvidos, e explicou que, do alegado déficit de R$ 60 bilhões do regime próprio, quase 50% são oriundos de pagamento de aposentadorias e pensões militares, que não estão incluídas na Previdência Complementar.

“Não é mudando a norma de uma maneira equivocada que vamos corrigir alguma coisa”.

A entrevista vai ao ar no programa Canal Livre, no próximo domingo (4/3), às 23h30.

Conteúdos Relacionados