Possível paralisação da Classe já preocupa setores da economia
A possibilidade de deflagração de uma paralisação por tempo indeterminado dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil e de outras carreiras do serviço público já preocupa setores relevantes do país, como o de comércio exterior, trâmite de imigração, e de realização de eventos esportivos.
Ao repercutir na semana passada a mobilização de advertência, do dia 30 de maio, diversos veículos de comunicação alertaram sobre os transtornos a setores específicos, caso o Governo insista na radicalização e force os Auditores à paralisação a partir do dia 18 de junho.
Além do alerta da imprensa, que vem se intensificando a cada dia, desde que foi iniciado o movimento reivindicatório dos Auditores-Fiscais, o empresariado de regiões de intensa comercialização no Brasil – como Amazonas e São Paulo – vem demonstrando preocupação com a situação.
Em 9 de maio, a EADI (Estação Aduaneira do Interior) Bauru (SP) encaminhou ao secretário da RFB, Auditor-Fiscal Carlos Alberto Barreto, com cópia para o Sindifisco Nacional, carta manifestando a preocupação de seus usuários diante de uma greve dos Auditores-Fiscais. “Solicitamos à Vsa. que pudesse dar tratamento adequado a este assunto, considerando essas possíveis consequências em nosso setor”, salienta o documento assinado pela coordenadora administrativa e representante legal da estação aduaneira, Monica Harumi.
A estação aduaneira de Bauru oferece atendimento a cerca de 80 empresas de importação e exportação. De 2010 a 2011, a unidade cresceu em ritmo acelerado ampliando sua estrutura para intensificar o atendimento ao mercado de importação e exportação. Em seis meses, a EADI aumentou seu desempenho na movimentação de cargas, registrando crescimentos de 35% em toneladas e de 40% em contêineres.
Nos últimos anos, os Auditores-Fiscais da RFB têm confirmado o seu comprometimento com o Estado brasileiro, contribuindo com a conquista de seguidos recordes na arrecadação de impostos, no combate ao contrabando e ao descaminho e na proteção da área fronteiriça do país. Em contrapartida, vêm sendo tratados com descaso e sem a devida valoração.
A DEN (Diretoria Executiva Nacional) do Sindifisco Nacional espera que o Governo atente para os seguidos apelos da sociedade para que a negociação tenha um encaminhamento favorável.