Palestra do diretor do Diap encerra Oficina

O analista político e diretor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) Antônio Augusto de Queiroz ministrou o curso de processo legislativo e monitoramento parlamentar, no qual abordou o monopólio do Estado, políticas públicas e complexidade do processo decisório durante o último dia da Oficina Parlamentar, promovida pela DEN (Diretoria Executiva Nacional), em Porto Alegre (RS), nesta terça-feira (19/10).

O analista político ainda explicou a formação e a composição de forças no governo, fazendo uma análise comparativa dos eixos que orientaram as campanhas e os governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. Também mencionou os ministérios e os cargos mais desejados dentro do governo, além dos critérios utilizados para o recrutamento e seleção dos quadros. As diretrizes do processo decisório na presidência da República também foram estudadas, como as funções de alta direção e os integrantes do sistema dessa alta direção.

No curso, os participantes também puderam conhecer um pouco sobre a dinâmica de trabalho da Casa Civil, a hierarquia do processo decisório no poder Executivo e os níveis de participação na tomada de decisão, como o que é feito pelos técnicos, secretários-executivos e ministros de Estado antes de a decisão final ser tomada pelo presidente da República.

O analista político desenhou como age o núcleo estratégico do Governo: a Casa Civil, que é a expressão política do presidente; a Fazenda, que coordena as políticas monetária, cambial, tributária e de juros; e o Planejamento, que controla a máquina administrativa.

De acordo com ele, o Sindifisco Nacional desempenha papel essencial como grupo de pressão, pois tem fatores determinantes do grau de influência desses grupos, como número de filiados, capacidade financeira e organização. “Que outra entidade sindical conseguiu mobilizar tanta gente dentro da Câmara dos Deputados?”, falou o palestrante, referindo-se ao evento realizado pelo Sindifisco, em abril de 2009, na Câmara dos Deputados, em que reuniu mais de 500 participantes e mais de 60 deputados e senadores para defender a LOF (Lei Orgânica do Fisco).

O palestrante aconselhou a adoção de uma agenda positiva por parte do Sindicato, como forma de arregimentar a sociedade, e elencou alguns requisitos que ele acredita serem essenciais para o jogo parlamentar, como a sensibilidade política, o conhecimento das regras do "corpo a corpo" e o domínio do conteúdo em questão.

O diretor de Assuntos Parlamentares do Sindifisco, João Santos, fez uma recomendação aos Auditores acerca da atuação da Classe junto a deputados e senadores. “Peço empenho de vocês para estreitar as relações com parlamentares em suas bases. É muito importante aumentarmos nossa representatividade no Congresso”, argumentou o sindicalista.

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