Diretores do Sindifisco Nacional se reúnem com Corep

Porte de armas, treinamento e parcerias com órgãos de segurança foram os principais assuntos tratados pelos diretores do Sindifisco Maurício Zamboni (Diretor-Secretário) e Luiz Henrique Franca (Assuntos Jurídicos) e pelo presidente da DS (Delegacia Sindical) Brasília, George Alex Lima de Souza, com o titular da Corep (Coordenação Especial de Vigilância e Repressão), Auditor-Fiscal Osmar Expedito Madeira Júnior, nesta quinta-feira (17/2).

Os representantes do Sindicato buscaram informações da Corep acerca da mudança na legislação a fim de regulamentar o porte ostensivo de armas para Auditores-Fiscais. De acordo com Madeira, o secretário da RFB (Receita Federal do Brasil), Auditor-Fiscal Carlos Alberto Barreto, é sensível ao pleito da Classe e se comprometeu a fazer gestões em seu favor.

Treinamento – Maurício Zamboni destacou que muitos Auditores estão se queixando da falta de treinamentos para o porte. “Em muitas localidades, existe a cobrança da realização de treinamento para os Auditores que desejarem, independentemente da designação da RFB”, cobrou.

Segundo Madeira, a RFB está prestes a formar 15 instrutores, que serão os responsáveis pelo treinamento das dez turmas já planejadas para este ano. “A ideia seria ter um instrutor em cada Região Fiscal, o que possibilitaria o atendimento de parte do pleito”, disse. No entanto, o coordenador alegou que a falta de psicólogos na RFB inviabilizaria o atendimento completo. Isso porque, os testes psicológicos, necessários para a concessão do porte, são realizados por terceiros e têm um custo. “O problema é que a Copol [Coordenação Geral de Coordenação e Logística] não teria recursos suficientes para arcar com esse custo indiscriminadamente”, completou.

Zamboni também solicitou que, diante do pequeno número de instrutores que ainda estão em formação, a Corep incentivasse as unidades da RFB a firmarem convênios com os órgãos de segurança para o oferecimento do treinamento de forma mais ágil, a exemplo do que aconteceu em algumas localidades. Madeira afirmou que irá elaborar uma nota técnica, respaldando esse tipo de convênio.

Iturama – Os diretores do Sindifisco também questionaram sobre o andamento do caso dos Auditores-Fiscais que foram impedidos, por agentes da PMR (Polícia Militar Rodoviária) de Minas Gerais, de realizar uma operação na MG-497, em Iturama, município a 750 quilômetros de Belo Horizonte. A operação contava com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), mas, mesmo assim, os Auditores ficaram retidos por várias horas em um quartel.

Madeira informou que a RFB apresentou representações na PMR, na PF e no MP (Ministério Público). “A Corep vai continuar acompanhando para que esse caso pontual não se torne rotina”, afirmou.