Delegacias Sindicais catarinenses se antecipam à administração
Embora o secretário da RFB (Receita Federal do Brasil), Auditor-Fiscal Otacílio Cartaxo, tenha assinado, no dia 5 de março, a Portaria nº 348, normatizando o porte de arma para os Auditores-Fiscais, nos termos previstos na Portaria RFB nº 2.383, a Classe ainda sofre com a falta de treinamento. Sem falar que a Portaria não contempla todos os pleitos dos Auditores-Fiscais que necessitariam do porte ostensivo e irrestrito a fim de garantir sua segurança e facilitar o trabalho de fiscalização.
Mesmo diante dessa lacuna, assim que a portaria foi assinada, a DEN (Diretoria Executiva Nacional) solicitou aos coordenadores de Pessoas da RFB (Receita Federal do Brasil) e da Coap (Coordenação de Administração de Pessoas), Auditores-Fiscais Érico Pozenato e Andrea Ximenes, que firmassem um convênio com a PF (Polícia Federal) para promover o treinamento dos Auditores. Mas até agora nada aconteceu.
Enquanto a administração não toma uma atitude, os catarinenses saíram na frente. Após três meses de contatos entre a DS/Joaçaba e a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina), iniciou-se, este mês, o curso de tiro com vistas ao registro e porte de arma de fogo para os Auditores-Fiscais de Joaçaba e Chapecó. O curso foi ministrado pelo instrutor de armamento e tiro credenciado pela PF e 5º colocado na categoria "Production" do ranking da Confederação Brasileira de Tiro Prático, tenente-coronel Yukio Yamaguchi.
Nos dias 28 e 29 de julho será a vez dos Auditores-Fiscais de Lages. Confira nota da DS sobre a realização do curso.
Histórico – As investidas contra os Auditores, principalmente aqueles que trabalham na fiscalização e na área aduaneira, têm acontecido com certa frequência. Basta lembrar que, em maio, a Auditora Denise Mendes da Direp (Divisão de Repressão ao Contrabando e ao Descaminho) de São Paulo, ao anunciar que iria iniciar uma fiscalização, em um dos boxes do Shopping Paulista, foi puxada com violência para fora do local, que foi imediatamente fechado.
Na avaliação da DEN, se os Auditores tivessem o porte de arma irrestrito e ostensivo, os comerciantes não se arriscariam a usar a força física para impedir a fiscalização.
Em casos extremos, algumas investidas contra Auditores culminaram na morte desses. Por isso, o porte de arma com o treinamento adequado continua sendo um pleito do Sindifisco Nacional.