Planejamento recebe as carreiras típicas de Estado na sexta-feira, dia 29
A Secretaria Executiva do Ministério do Planejamento se reunirá com representantes das carreiras típicas de Estado na tarde de sexta-feira (29/6), às 14h, para tratar da Campanha Salarial 2012. O encontro com o Governo foi anunciado pelo presidente do Sindifisco Nacional e do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado), Pedro Delarue, durante ato público que reuniu cerca de 1.500 integrantes das carreiras em frente ao órgão na tarde de quinta-feira (28/6).
O protesto foi mais uma demonstração de indignação das carreiras perante à falta de contrapropostas do Executivo durante as negociações salariais. O Governo não apresenta uma posição concreta para as demandas desde 2011.
A expectativa é que a reunião seja objetiva. Delarue destacou que a pergunta a ser feita na discussão é “o Governo deseja negociar? Se não quiser, vamos para o enfrentamento”.
Pedro Delarue informou às demais categorias que o movimento dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil), mobilizados desde o dia 18 de junho em operação-padrão e crédito zero, está forte e que, depois da Plenária Nacional, realizada nos dias 26 e 27, em São Paulo, ganhou ainda mais fôlego. “Decidimos na Plenária, e vamos levar para Assembleia, a proposta de criação do fundo de corte de ponto. Todos serão chamados a contribuir, e, se preciso for, vamos parar esse país”, completou Delarue.
O presidente da Anfip (Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil), Auditor-Fiscal Álvaro Sólon, corroborou o discurso de Delarue, afirmando que não basta marcar uma reunião para acalmar os ânimos das carreiras. “O sentimento que nos une aqui é a indignação porque temos de brigar para que o Governo cumpra a Constituição e nos ‘conceda’ reajustes anuais. Não temos medo de protestar”, destacou.
Todos os sindicalistas presentes à manifestação ressaltaram que a crise financeira européia, apresentada pelo Governo como razão para não conceder reajustes aos servidores públicos, não pode ser importada para o Brasil como desculpa para a desvalorização das carreiras essenciais ao Estado. Também foram destacados projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, que sob a análise das entidades, só prejudicam o servidor público federal, como o PL 248/98, que trata da demissão por insuficiência de desempenho, e o PLV (Projeto de Lei Complementar) 549/10, que congela os salários dos servidores públicos por 10 anos, impede novos concursos para reposição de pessoal e reduz drasticamente os gastos com investimento na administração pública.
O movimento foi forte e demonstrou a união das carreiras. As entidades foram firmes ao ressaltarem que o movimento reivindicatório tende a crescer, caso o Governo continue em silêncio e se negue a negociar efetivamente com as carreiras típicas de Estado.
Já passam de 20 o número de carreiras que estão em Campanha Salarial Conjunta. São elas: os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil e o Trabalho, Delegados e Peritos da Polícia Federal; Analistas de Comércio Exterior; funcionários do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada); Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental; Auditores-Federais de Controle Interno; Advogados da União, servidores efetivos das Agências Reguladoras Federais; Peritos Criminais; servidores de carreira de Planejamento e Orçamento; servidores do Banco Central; servidores da Comissão de Valores Mobiliários; Defensores Públicos federais; Oficiais de Inteligência; servidores da Superintendência de Seguros Privados; Técnicos do Banco Central; Analista e Técnicos de Finanças e Controle; e servidores do Ministério das Relações Exteriores.
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