Delarue: “Infelizmente, temos que partir para a greve”
"Infelizmente, temos que partir para a greve". A declaração do presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, foi feita durante a reunião das entidades integrantes da Campanha Salarial Conjunta, na manhã de sexta-feira (15/6), na sede da Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle), em Brasília (DF).
O que motivou o presidente do Sindifisco a disparar a afirmação foi o resultado das reuniões realizadas entre o Governo e algumas representações sindicais no decorrer da semana. Segundo presidentes das entidades que se reuniram com o Governo, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento mais uma vez não apresentou proposta às reivindicações das carreiras e não deu uma previsão de data para apresentar algo de concreto. “De fato, o Governo está nos empurrando para a greve”, disse o presidente da Unacon, Rudinei Marques.
Esse também é o sentimento dos representantes de todas as carreiras da Campanha Conjunta. O engajamento dos membros das carreiras de Estado vem ganhando corpo a cada dia. Assim como os Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e do Trabalho, Advogados da União, Delegados da Polícia Federal, servidores do Banco Central, do Ciclo de Gestão, entre outros, se mobilizarão no próximo dia 18 de junho.
“Nós, Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, estamos conscientes de que a greve é necessária. Se tivermos que arrastar a paralisação por meses, isso vai acontecer”, disse Delarue. “Interrupção do fluxo normal do trabalho para que o Governo se conscientize da relevância das carreiras para pleno funcionamento do Estado Brasileiro: essa é linguagem que ele (o Governo) irá entender”, acrescentou o presidente do Sindifisco.
As entidades decidiram realizar uma manifestação conjunta no dia 28 de junho em frente ao Ministério do Planejamento para cobrar uma posição imediata do Governo sobre a Campanha Salarial.
Documento – Além de fazer uma avaliação das reuniões desta semana entre o Governo e algumas entidades representativas dos servidores, os sindicalistas aprovaram a elaboração de dois documentos.
Um será enviado para a presidente Dilma Rousseff, reafirmando o compromisso das carreiras com o Estado brasileiro de garantir o bom andamento da Rio+20 e solicitando uma audiência para cobrar uma posição quanto à Campanha Salarial. O outro documento será direcionado aos servidores integrantes das carreiras típicas de Estado conclamando-os para se engajar no movimento da Campanha Conjunta.