Oficina Sindical: Classe discute o fortalecimento do movimento
Auditores Fiscais de diversas regiões do país se reuniram na primeira Oficina Sindical promovida pelo Sindifisco Nacional, em Recife (PE), em que discuticuram, na manhã de segunda-feira (1º/9), formas de renovacão nos quadros das entidades e o fortalecimento do movimento diante das mudanças do Governo. O evento, que se estende até as 13h30 desta terça-feira (2/9), é coordenado por Hélio Roberto dos Santos e Maria Urânia, diretor e diretora-adjunta de Relações Intersindicais.
O secretário-geral do Sindicato, Mário Pinho, que compôs a mesa de abetura do evento, destacou que a oficina é o primeiro de muitos que ocorrerão no país com intuito de demonstrar à categoria, especialmente aos Auditores Fiscais que recentemente ingressaram na carreira, que a participção de todos é indispensável para o fortalecimeno do Sindicato.
"Temos de trabalhar pela integração de todos que compõem a Classe, de modo a evitar que se perca a noção de solidariedade, imprescindível para que a luta do Sindicato represente a todos", ressaltou Pinho.
Além dos coordenadores da oficina e do secretário-geral do Sindicato, também compuseram mesa de abertura o diretor de Políticas Sociais do Sindifisco Nacional, José Devanir, e o presidente da DS (Delegacia Sindical) Recife, Dauzley Marques.
Na mesma linha do secretário, Hélio Roberto enfatizou a necessidade de os Auditores conhecerem o movimento sindical e o Sindifisco Nacional. "Tem muitos Auditore Fiscais chegando e é para esses servidores que vamos entregar a entidade, nesse contexto cada um de nós está chamado a dar sua parcela de contribuição. O Sindicato somos todos nós", ressaltou o sincalista.
Palestra – O jornalista e militante do Movimento Sindical, Sávio Bones, abriu a oficina tratando da origem e do papel dos sindicatos, passando pela instauração do capitalismo, momento em que surgem a classe proletária e a burguesia, separação de segmentos que fez com que o primeiro percebesse que, assim como a produção dependia da coletividade, conquistas trabalhistas também só seriam possíveis com união.
"Foi o capitalismo, sobretudo a Revolução Industrial, que despertou a necessidade de os trabalhadores se unirem pela defesa de seus interesses, da necessidade de associação. Sem o movimento sindical é impossível se falar em avanços e novos direitos" , destacou Sávio Bones.
Em continuidade com o tema, o coordenador do Observatório Sindical e integrante da Nova Central Sindical, Sebastião Soares, destacou a constante mutação do movimento sindical, que requer politização e construção contínua de estratégias de enfrentamento em defesa dos interesses das Classes.
"O movimento sindical não é um fenômeno estanque no tempo. Não se faz sindicalismo como era feito na década de 1930 ou de 1940, mas é importante comprender todo esse periódo, as mudanças para que haja avanços efetivos explicou Sebastião Soares.
Na análise de conjuntura, os palestrantes ainda discorreram sobre a centralidade e atualidade do trabalho nas relações sociais, e sobre a constituição histórica do capitalismo no Brasil e a formação econômico-social brasileira.
No período da tarde, a oficina foi retomada com a história do movimento sindical no país.