Os verdadeiros interesses dos Auditores com o país
A publicação de um artigo na imprensa sobre a conduta dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) chamou a atenção do Sindifisco Nacional pelo nível ofensivo e de desrespeito ao profissional que tanto contribui para o progresso e a defesa da soberania do país.
O texto foi motivado pelo desabafo de uma empresária que disse ter recolhido R$ 7 mil na Alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP) referente a quatro itens da bagagem e, segundo ela, a cobrança foi aplicada por não ter dito a verdade quanto aos ítens que constavam nas malas.
O que segue no texto do jornalista, após a exposição da contribuinte, é uma sequência de insultos aos ocupantes de um dos cargos mais essenciais para o Estado brasileiro.
O artigo acusa a Alfândega de dificultar a entrada de produtos importados, da prática de abuso de autoridade e da tomada de decisões arbitrárias por parte do corpo funcional da RFB, para extrair suborno ou intimidar o contribuinte.
As acusações indevidas continuam quando o texto cita que o brasileiro não é tratado como cidadão livre, mas como súdito de uma "cambada de parasitas".
Causa indignação à Classe a má conduta praticada por um formador de opinião que, ao explicitar suas ideias, o faz de uma maneira irresponsável e leviana sem qualquer apuração dos fatos.
Ao contrário do que foi noticiado, os Auditores-Fiscais não se furtam do dever à sociedade e da boa prestação de serviços. Tampouco abusam da autoridade que lhes conferem as prerrogativas do cargo para atuar fora da conduta da qual são submetidos pelo Estado. Agem no restrito cumprimento da lei.
A par das questões sociais, os Auditores estão constantemente envolvidos com ações e discussões acerca da distribuição de renda e de uma tributação mais justa que implique em benefícios para o país e para a população, bem como ao combate à sonegação, à corrupção, aos crimes de colarinho branco e ao contrabando.
Além das ações relacionadas à rotina de trabalho, iniciativas cidadãs como a do Tributo Legal e da campanha Imposto Justo – promovidas pelo Sindifisco Nacional, que é a entidade sindical representativa da Classe – contribuem para mostrar o interesse desse segmento em melhorar a vida de todos os brasileiros.
O primeiro projeto incentiva o exercício da solidariedade e da cidadania ao estimular e orientar a destinação do Imposto de Renda devido pelos contribuintes a fundos ligados a crianças e adolescentes; a ações culturais; a obras audiovisuais, cinematográficas e videofonográficas; a atividades desportivas e a iniciativas de amparo ao idoso.
A campanha Imposto Justo prevê a correção de injustiças na tributação que hoje penalizam quem tem menor poder aquisitivo, por meio da correção anual da Tabela do Imposto de Renda, da tributação de lucros e dividendos distribuídos a pessoa física ou jurídica; e da cobrança do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) sobre jatinhos, helicópteros, lanchas e iates particulares.
Vale lembrar ainda o apoio da Classe na condução dos Observatórios Sociais, que têm como objetivo monitorar e fazer o controle social dos gastos públicos.
Em casos como o citado na imprensa, o Sindifisco Nacional defende que, se por algum motivo, houve abuso ou irregularidade, o fato seja averiguado para que sejam tomadas medidas cabíveis. O que é inadmissível, e não aceitaremos de forma passiva, é assistir à desqualificação de uma carreira típica de Estado de maneira tão equivocada e desrespeitosa.