Editorial: O dia em que a Receita parou
A base do Governo na Câmara dos Deputados abandonou novamente os Auditores Fiscais e votou em peso contra a Classe na PEC 443/09. Com 269 votos a favor do DVS (Destaque de Voto em Separado) 7 – que pleiteava a inclusão da categoria ao texto – 185 votos contra e 18 abstenções, o Governo e a bancada de situação no Congresso Nacional deu a maior demonstração de desrespeito com os Auditores Fiscais de que se tem notícia na história recente da Receita Federal do Brasil.
O resultado no parlamento, no entanto, veio acompanhado do notório descaso da cúpula da Receita Federal do Brasil com os Auditores Fiscais. Durante todo o processo, o Auditor secretário do órgão, Jorge Rachid, foi porta voz de promessas vazias sobre tratamento equânime das carreiras de Estado e na reta final se omitiu de forma vexatória.
Infelizmente, o Governo resolveu pagar para ver do que os Auditores Fiscais são capazes. O dia 11 de agosto de 2015 entra para história como o início da pior crise já enfrentada pela Receita Federal do Brasil e, por extensão, do Ministério da Fazenda.
É hora de dar um basta a essa era de desrespeito e descaso com a Classe. Os Auditores foram o mais pacientes possíveis e tentaram por todas as vias possíveis evitar esse momento, mas não se furtarão a levar a busca pelo reconhecimento do cargo às últimas consequências.
Não há outra alternativa além da paralisação total e por tempo indeterminado dos Auditores Fiscais. Não há mais como confiar no Governo, ou no Auditor-secretário. Como alertado, dias atrás, não há de se procurar a Receita Federal do Brasil por ganhos na arrecadação. Aliás, dado os absurdos ouvidos dos parlamentares governistas, que procurem as carreiras beneficiadas para incrementar a arrecadação.
A Receita Federal está fechada!