Transferência da folha para COGRH é retrocesso
A DEN (Diretoria Executiva Nacional) recebeu informações corroborando os rumores sobre a intenção de setores da administração de transferir, de fato, a folha de pagamento dos Auditores-Fiscais ativos para a COGRH (Coordenadoria Geral de Recursos Humanos) do Ministério da Fazenda. Desta vez, até mesmo administradores admitem a pressão que está sendo feita para que a mudança ocorra.
A Diretoria entende que a medida seria altamente prejudicial para a RFB (Receita Federal do Brasil) e colocaria em risco os avanços obtidos pela Cogep (Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas) nessa área. É importante lembrar que a folha foi transferida para a Cogep para que os procedimentos internos de controle de pessoal ganhassem qualidade e agilidade. E isso realmente aconteceu. É verdade que ainda há espaço para melhorias, mas, seguramente, o retorno do gerenciamento da folha para a COGRH não é a medida adequada.
Em vez de corroborar com esse retrocesso, a administração da RFB deveria trabalhar para promover um outro avanço – qual seja, o de permitir a mudança da folha dos aposentados e pensionistas da COGRH para a Cogep, a fim de ampliar a qualidade dos serviços prestados a esse público, que corriqueiramente é vítima de um atendimento ineficaz e, não raramente, desrespeitoso. Tal medida não só traria ganhos à gestão dos dados de aposentados e pensionistas, como adequaria o tratamento despendido a eles ao dos Auditores-Fiscais ativos, como deve ser.
Além disso, outros fatores devem ser levados em conta antes de se tomar uma decisão como a de levar a folha dos ativos para a gestão da COGRH. Um dos mais importantes, ao lado da possível perda de qualidade na administração da folha, é o desperdício de dinheiro público. É importante atentar que à época que a folha foi transferida, a RFB fez um treinamento de pessoal e especializou servidores na área. O movimento inverso será notadamente um gasto injustificado e desnecessário.
A DEN permanece atenta aos desdobramentos dessa possibilidade de mudança. A Diretoria entende que seria antieconômico e contraproducente alterar o que está funcionando para justificar a aventura de levar esta idéia adiante e transferir a administração da folha.