Mônica Paes Barreto: expert em transições

Transição parece ser a palavra de ordem da Auditora-Fiscal da RFB (Receita Federal do Brasil) Mônica Paes Barreto que passou por quatro grandes transições em sua vida em menos de 10 anos. A primeira delas foi quando sua filha estava com cinco anos e adoeceu por conta da ausência da mãe que chefiava a fiscalização da Delegacia Campos dos Goytacazes (7ª Região Fiscal), a quatro horas do Rio de Janeiro, onde a menina morava com o pai e marido da Auditora.

A segunda transição ocorreu quando, ao reconhecer os danos que sua ausência estavam causando à filha, teve que lutar para voltar a trabalhar na capital do Estado. A terceira, quando foi escolhida para coordenar os Grupos de Transição da Reestruturação da RFB no Rio de Janeiro, que criou a DRF (Delegacias da Receita Federal) I e II e Demac (Delegacia Especial de Maiores Contribuintes). E a quarta, quando conseguiu administrar o estresse dos servidores realocados, criar uma nova rotina para ela e a filha, a mãe caiu doente. Talvez a delegada tivesse tudo para sucumbir, mas preferiu reconhecer que a vida é feita de altos e baixos e recarregar as baterias nos pontos altos da vida.

A habilidade adquirida nas experiências pelas quais passou – no curso de Economia no qual se formou, na Defis (Delegacia da Receita Federal do Brasil de Fiscalização) da Superintendência da 7ª RF (Região Fiscal) e na Escola Superior de Guerra – hoje está à disposição da Delegacia I com mais de 900 servidores públicos sob o comando de Mônica.

“Não acho que um delegado teria mais ou menos desafios que uma delegada”, avalia a mulher que acorda 5h30 da manhã, "malha", toma café com a filha antes de levá-la para a escola, encara os desafios da Delegacia I e ainda cuida da mãe. Em meio a esse turbilhão, Mônica parece nem se lembrar do que ela, e só ela, gosta de fazer. Idas ao teatro e cinema e leituras parecem ser coisas das quais tem vaga lembrança.

Se a filha, a mãe e a Receita ganharam Mônica, o sindicalismo perdeu uma militante. Na época de Campos, Mônica foi presidente da Delegacia Sindical local e participou ativamente do trabalho parlamentar em Brasília (DF).

Hoje, a delegada acompanha o Sindifisco de longe, mas é grande entusiasta do sindicalismo e fala isso com a expertise de quem já esteve dos dois lados da mesa. “Os sindicalistas estão lutando por melhorias que alcançarão toda a Classe, e os administradores não podem esquecer que fazem parte dessa Classe e que também colherão os benefícios”.

Próximo destaque – Na segunda-feira (19/03), a entrevistada da série em homenagem ao Mês da Mulher será Dalila Mara de Oliveira Ferreira, Auditora da 6ª Região Fiscal.

Leia também:
Sindifisco presta homenagem às mulheres que fazem a RFB
Maria Aparecida Almeida de Oliveira: um sonho realizado
Mônica Sionara: destaque na fiscalização de grandes contribuintes

Conteúdos Relacionados