Mobilização reduz produção em Manaus
O setor industrial de Manaus (AM) já contabiliza prejuízos significativos em consequência da mobilização dos Auditores-Fiscais, em operação-padrão na zona primária e crédito zero na secundária por tempo indeterminado desde o dia 18 de junho, como noticia o jornal A Crítica de terça-feira (10/7).
De acordo com a matéria, quatro fábricas do polo eletroeletrônico estão totalmente paradas desde a última semana e 8 mil trabalhadores estão de férias remuneradas. A publicação ouviu o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), que confirmou que os insumos a serem manufaturados estão parados no porto e no aeroporto de Manaus.
O Cieam não quis divulgar os nomes das fábricas que paralisaram as atividades, mas informou que “três delas são de grande porte e uma de médio porte, e que diante deste cenário empresários não podem mais contar com a sorte”.
De acordo com o Cieam, até o fim da semana outras cinco fábricas devem suspender as atividades por falta de matéria-prima. O jornal divulgou cálculos do Centro acerca do faturamento diário do PIM (Polo Industrial de Manaus), que é de US$ 160 milhões. “Se ao menos 10 fábricas param suas atividades a perda diária chega a US$ 16 milhões”, destacou o jornal.
O Sindifisco Nacional lamenta que a paralisação esteja causando transtornos ao setor e ressalta que a mobilização foi a última alternativa que restou à Classe – em Campanha Salarial desde 2011- diante da falta de resposta do Governo para as reivindicações. O Sindicato ressalta que, mesmo diante dos danos já apresentados em diversos estados, o Executivo continua em silêncio e, até agora, não existe uma negociação efetiva.
Os Auditores-Fiscais estão com os salários congelados desde 2010. Além da recomposição salarial, a Classe luta pela recomposição dos quadros da RFB (Receita Federal do Brasil), principalmente nas unidades de fronteira, e melhores condições de trabalho, a fim de que sejam dados os subsídios adequados para a continuidade da excelência das atividades desenvolvidas pelos Auditores-Fiscais, que são essenciais ao Estado brasileiro.