Mobilização dos Auditores impacta importação de insumos
A demora do Governo em negociar com o conjunto de servidores público federais vem a cada dia provocando transtornos a setores significativos da economia e de negócios relacionados à importação de insumos. No final de semana, diversos veículos de comunicação abordaram as situações de portos, aeroportos e indústrias brasileiras, em função das mobilizações dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) e de greves deflagradas por outras categorias.
O Estado de S. Paulo, de sábado (21/7), ao destacar os contratempos nos portos do país intensificados com a greve dos servidores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) iniciada na última segunda-feira (16/7), ressalta também a mobilização dos Auditres e as reivindicações da Classe, em operação-padrão desde 18 de junho.
“Os Auditores querem reposição de perdas salariais de 30,19% e abertura de concurso para contratação de pessoal. Também acompanham reivindicação do funcionalismo federal pelo estabelecimento de uma data-base para negociação salarial”, destaca a matéria, que chama a atenção para o congestionamento de navios e de cargas nos pátios de alguns portos do país.
O jornal Zero Hora, do Rio grande do Sul, na edição de 21 de julho, também aborda os impactos das mobilizações dos Auditores e dos servidores da Anvisa. “No porto de Rio Grande, a operação atrasa a liberação de importações e exportações. O diretor de comunicação da DS (Delegacia Sindical) local, Carlos Frederico Miranda, afirma que o exame é "minucioso" e gera "um acúmulo que já chega a 15 dias”.
Já o portal de notícias do BOL, de segunda-feira (23/7), alerta para os transtornos causados à indústria de eletroeletrônico da Zona Franca de Manaus. “A operação-padrão da Receita Federal, que se estende há 35 dias, está fazendo com que a indústria eletroeletrônica da Zona Franca de Manaus deixe de ganhar cerca de US$ 16 milhões por dia, segundo estimativa do Centro da Indústria do Amazonas”, diz o texto.
Crédito Zero – O impacto da mobilização dos Auditores também já está sendo sentido em outros setores. Ao DCI Online de segunda-feira (23/7), o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, informou que a redução de ritmo de atividades dos Auditores em 12 dias (18 a 30 de junho) apontou queda de 40% do número de fiscalizações em relação ao mesmo mês de 2011.
No mês de julho, o Sindicato espera baixa de 70% no número de fiscalizações em comparação a igual período de 2011. Segundo Delarue, o efeito imediato das Operações Padrão e Crédito Zero é sentido nas áreas aduaneiras (alfândegas, portos) e de comércio exterior.