Assalariado é a maior vítima da defasagem da tabela do IR

Depois do jornal Folha de São Paulo, mais três veículos de comunicação destacaram, em suas edições desta sexta-feira (7/1), o estudo produzido pelo Sindifisco Nacional sobre a defasagem na tabela do IR (Imposto de Renda): Diário do Nordeste, Jornal de Brasília e Jornal do Commercio (PE). 

“Cálculo do Sindifisco Nacional leva em conta o centro da meta da inflação no ano, estipulado em 4,5%. No último dia de 2010, o governo confirmou que a tabela do IRPF – que, desde 2007, é corrigida pela meta de inflação, de 4,5% – não teve mudança para o ano-base 2011. A defasagem desde 1995, que já superava 64%, deve passar de 70%, segundo cálculos do Sindifisco Nacional”, destacou a reportagem do Diário do Nordeste.

O veículo ainda estima que só os ganhos por não corrigir a tabela podem atingir R$ 810 milhões e sugere que o reajuste necessário para compensar toda a inflação acumulada entre os anos de 1995 e 2011 seria de 71,5%.

Já o Jornal de Brasília reforça, com base nos cálculos do Sindifisco, que a defasagem da tabela do IR que desde 1995 já superava 64%, deve passar de 70%. A reportagem reitera que a tabela precisaria ter reajuste de 71,5% e alerta que os contribuintes têm sido descontados bem acima da reposição dos salários.

A reportagem ouviu o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco, Luiz Antonio Benedito, que considera os ganhos de receita pequenos ante o prejuízo para os assalariados de mais baixa renda.

O Jornal do Commercio corrobora com a opinião do diretor quando traz em sua manchete que o ano de 2011 será de aperto para os trabalhadores brasileiros. O jornal explica que quem obteve aumento de salário ou a simples equiparação com a inflação, vai pagar mais tributos.

“As correções realizadas nos últimos anos foram aquém dos índices inflacionários. A tabela tributa diretamente o rendimento do trabalhador. E a tributação que acontecerá a partir deste mês será de uma forma que penaliza o contribuinte", acrescentou à reportagem Luiz Benedito, responsável pelo levantamento que aponta a defasagem que atingirá 71,5% em 2011.

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