Presidente do Sindifisco defende fiscalização de grandes contribuintes
As edições desta sexta-feira (17/12) do Correio Braziliense e do Estado de Minas repercutem a posição do Sindifisco Nacional acerca da inauguração da Demac (Delegacia Especial de Maiores Contribuintes) em Belo Horizonte (MG), prevista ainda para este ano. A delegacia será especializada no acompanhamento e na fiscalização de 5,2 mil grandes fortunas particulares. Na lista, estão empresários; detentores de participação acionária expressiva em companhias; patrimônios elevados; deputados e senadores.
Nas matérias intituladas “Receita na Mira dos Ricos” e “Milionários na mira da Receita”, o presidente do Sindicato, Pedro Delarue, defende a iniciativa do Fisco. Segundo ele, mesmo estando na capital mineira, a Delegacia não se restringirá à jurisdição regional. "Há uma necessidade de especializar auditores para combater o planejamento tributário. E é preciso manter o foco nos grandes contribuintes, nos quais a possibilidade de sonegação é maior, porque a vantagem teoricamente obtida também é maior", argumenta o presidente do Sindifisco nas publicações.
Nas matérias, o secretário da Receita Federal do Brasil, Auditor-Fiscal Otacílio Cartaxo, explica os motivos que levaram o Fisco a implementar essas delegacias. "A necessidade de se criar um centro de controle específico para o grupo de contribuintes é a pouca eficiência do atual sistema de malha fina em detectar operações complexas no mercado financeiro ou manobras de pessoas físicas que aproveitam brechas na lei para pagar menos impostos", destacam os jornais.
"Descobrimos que esse tipo de engenharia não se restringia somente às empresas. A malha é bastante eficiente para fiscalizar os trabalhadores assalariados e os profissionais liberais, mas não os grandes contribuintes", justificou Cartaxo.