Mídia nacional destaca defasagem da tabela do IR apontada pelo Sindifisco

O estudo do Sindifisco Nacional acerca da defasagem da tabela do Imposto de Renda tem sido destaque na imprensa desde a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, na terça (11). Importantes veículos de comunicação – como G1, Correio Braziliense e CNN – destacaram o cálculo feito pela equipe da Diretoria de Estudos Técnicos do sindicato.
“Com a inflação atingindo 10% no ano passado, conforme divulgado nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a defasagem média da tabela do Imposto de Renda chegou a 134% de 1996 a 2021. O cálculo é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco)”, informou a rede CNN.
O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor-Fiscal Isac Falcão, foi ouvido na reportagem veiculado no Bom Dia Brasil da Rede Globo, nesta quarta (12), e falou sobre como a não correção da tabela impacta na vida dos trabalhadores mais pobres. “O maior sacrifício pela não correção da tabela é sempre daquelas pessoas que menos recebem. Por exemplo, em 1995, as pessoas que ganhavam oito salários mínimos eram isentas do Imposto de Renda. Hoje, uma pessoa que ganha dois salários mínimos já paga IR”, explicou.
O G1 foi na mesma linha e explicou que, com a defasagem de 134,52%, os contribuintes estão pagando mais imposto a cada ano. “A não correção da Tabela do IRPF ou sua correção parcial em relação à inflação aumenta a carga tributária e penaliza de maneira mais acentuada o contribuinte de menor renda, notadamente a classe média assalariada”, ressaltou o portal de notícias.
O Correio Braziliense também destacou que, se a atualização da tabela fosse feita, o número de isentos seria bem maior. “Conforme dados do Sindifisco, em 1996, eram isentos do Imposto de Renda todos os que ganhavam nove salários mínimos. A entidade estima que, se o reajuste integral da tabela fosse aplicado, 12 milhões de declarantes estariam na faixa de isenção, totalizando 23,2 milhões de pessoas”.
A matéria do site Poder360 citou a estimativa de renda que deveria estar na faixa de isenção. “Atualmente, não precisa declarar o Imposto de Renda quem recebe R$ 1.903,98 por mês. A faixa de isenção seria maior se houvesse a correção da tabela do imposto de renda. Segundo o Sindifisco, nenhum contribuinte com renda mensal inferior a R$ 4.427,59 deveria pagar imposto”, pontuou o veículo.