DEN alerta sobre peso da defasagem da tabela de IR ao trabalhador

O presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, falou ao jornal O Estado de S.Paulo sobre as consequências da defasagem da tabela do Imposto de Renda sobre o salário do trabalhador. A matéria intitulada “Contribuinte pode pagar mais IR em 2015” foi publicada na segunda-feira (24/11) e replicada em diversos veículos. No fim do texto, você confere o áudio da entrevista que Damasceno concedeu à Rádio Estadão.

O jornal faz um alerta sobre o fato de a MP (Medida Provisória) – que fixava o reajuste de 4,5% para o próximo ano, ter caducado e o Governo ainda não ter indicado o reajuste da tabela, faltando muito pouco tempo para o recesso parlamentar, que começa em 23 de dezembro. O não reajuste aumenta ainda mais a defasagem da tabela em relação à inflação. “De 1996 a 2013, a defasagem acumulada foi de 61,42%, segundo cálculos do Sindifisco. Uma discrepância que pode subir para 64,36% em 2014", diz um dos trechos.

Damasceno ressalta que os ganhos salariais acabam sendo reduzidos pela não correção adequada e necessária da tabela do IR. “Os trabalhadores terão o ganho salarial revertido, pois poderão sair da faixa de isenção ou subir para alíquotas maiores”.

O texto cita cálculos do Sindifisco, onde, considerando a defasagem até 2013, quem ganha até R$ 2.761 por mês deveria ser isento de IR, mas acaba sendo tributado, pelas alíquotas de 7,5% e 15%.

A matéria explica que “a defasagem da tabela ainda se soma aos aumentos acima da inflação aplicados ao salário mínimo nos últimos anos. Em 2014, houve um reajuste de 6,78% no piso nacional das remunerações, contra uma correção de 4,5% do Imposto de Renda. Para 2015, está prevista uma alta de 8,8% nos salários, ante uma correção ainda incerta das faixas do imposto”.

 

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