Métricas de trabalho são tema de reunião entre Sindifisco e Receita
O presidente do Sindifisco Nacional, Kleber Cabral, e a secretária-geral, Mariana Araújo, reuniram-se, na tarde de terça (22), no Ministério da Economia, com os Auditores-Fiscais Marcos Hubner Flores, coordenador-geral de Arrecadação e Cobrança; Maria Alice Barros, coordenadora de Gestão de Créditos e de Benefícios Fiscais; Gustavo Andrade Manrique, coordenador de Cobrança; Ana Jandira, chefe da Divisão de Gestão do Direito Creditório; e Rosângela Moreira, da Coordenação-Geral de Fiscalização.
Kleber e Mariana entregaram ao grupo um estudo com proposta de alteração das horas estimadas para os processos de trabalho, com o objetivo de possibilitar a opção pelo teletrabalho aos Auditores-Fiscais lotados nas X-ORT. A proposta foi elaborada pela Delegacia Sindical do Ceará.
Kleber Cabral explicou que a discussão sobre as métricas dos processos de trabalho tem deixado os Auditores-Fiscais apreensivos, sobretudo diante da ameaça de implementação do ponto eletrônico.
“Em algumas áreas as métricas foram criadas e aprimoradas apenas este ano. E mesmo onde já havia, essas métricas funcionavam como uma bússola, um norte, um parâmetro. Mas agora, com receio do ponto eletrônico e as modalidades de gestão que estão sendo colocadas como alternativas, as métricas ganham uma outra importância, porque acredita-se que quem não alcançar esse patamar, estará condenado ao ponto eletrônico”, observou.
Maria Alice informou que existe um grupo de trabalho dedicado ao tema. Uma portaria deve ser publicada em dezembro, para implementação do sistema a partir de janeiro de 2020. “Cada atividade está sendo discutida à exaustão com o grupo, em contato com o pessoal da ponta. A mudança, no entanto, não é instantânea”, disse ela.
O presidente do Sindifisco chamou a atenção para a falta de quesitos para a definição do número de horas alocadas nos processos de trabalho. Há ainda o temor de que critérios puramente objetivos não sejam capazes de diferenciar a complexidade dos processos e a quantidade de horas necessárias. “É melhor começar [a metrificação] num patamar mais pé no chão, e depois fazer os ajustes, do que correr o risco de criar exigências que vão acabar afastando os Auditores das opções de teletrabalho. Essa é a nossa principal preocupação”, argumentou.
Hubner Flores manifestou concordância com o posicionamento do Sindifisco. “É uma preocupação que temos também, portanto existe uma convergência de vontades. E realmente estamos num processo de aprimoramento. Os anexos da portaria dos processos de trabalho da Codac já foram renovados quatros vezes e, à medida que fazemos novas medições, o sistema é aprimorado. Esperamos que em dezembro o sistema tenha a possibilidade de implementar quesitos, para em janeiro estarmos numa situação mais próxima da realidade”, finalizou.