Eliana utiliza conhecimento adquirido no exterior em prol da RFB

O Sindifisco Nacional conversou com a superintendente da 7ª RF (Região Fiscal), Auditora-Fiscal Eliana Polo, como parte da série de entrevistas alusivas ao Mês da Mulher. Eliana é uma das duas mulheres à frente de superintendências atualmente na RFB (Receita Federal do Brasil). Além dela, somente a 5ª RF tem uma superintendente, a Auditora-Fiscal Zayda Bastos Manatta, que foi tema de reportagem publicada na semana passada.

A paulista Eliana foi atraída pelo trabalho de Auditora-Fiscal da RFB (Receita Federal do Brasil) em função do interesse pela fiscalização e pela investigação. Nomeada em 1981, a administradora de empresas pôde, enfim, experimentar um pouco da atividade que admirava. Em seguida, enveredou por experiências internacionais importantes para a modernização da administração nas décadas de 80 e 90, que resultaram na sua ida para Brasília.

“Comecei a participar de programas de intercâmbio da Receita com outros países como o caso do Canadá”, conta. Foi no país norte-americano que se especializou em Auditoria em Meio Magnético pela Universidade de Waterloo, algo pioneiro na década de 80. “Em 90, participei da criação do grupo de inteligência na Receita cuja capacitação foi feita pelo Fisco norte-americano, sobre fraudes financeiras e lavagem de dinheiro. Já no Japão, tive experiência de capacitação na área de administração tributária”, lembra Eliana.

Removida para o Rio de Janeiro, em 2000, a Auditora-Fiscal integrou o projeto da Coordenação de Tecnologia, na área de sistemas de informação. Foi chefe da Divisão de Tributação e exerceu mandato de julgadora da 6ª Turma da DRJ I (Delegacia da Receita Federal de Julgamento) no Rio de Janeiro, antes de ser nomeada superintendente, em outubro de 2008. “Sempre recebi os trabalhos igualmente com graus desafiadores e nunca senti qualquer diferença de tratamento entre os colegas da Receita”, endossa a Auditora.

Para ela, uma vitória recente foi a reestruturação da Receita no município do Rio de Janeiro. “Havia uma avaliação ruim na região sobre o funcionamento do modelo de delegacias funcionais, que é a divisão em duas unidades: a de fiscalização e a de arrecadação tributária. Dessas duas delegacias nós criamos três unidades. Então, foi uma mudança muito grande, porque mexeu com 1.300 servidores. O desafio agora é a criação da delegacia de Macaé, tendo em vista a grande atividade econômica no município”, completou.

Sobre conciliar as atribuições profissionais e familiares, o conselho da superintendente é o equilíbrio. “Sempre há o lado emocional, familiar, profissional, e isso deve ser balanceado, não pode ser descuidado. Essa é a segunda maior região fiscal do país e, por demandar muitos compromissos em cargos como esse, o fundamental é ter disciplina para que não afete a saúde, a vida familiar etc. Por isso, procuro sempre organizar a agenda”, conclui.

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