Sabatina: em entrevista exclusiva, Meirelles fala do Bônus

O pré-candidato à presidente pelo MDB, Henrique Meirelles, foi o terceiro a participar da sabatina realizada, nesta quarta-feira (6/6), pelo Sindifisco Nacional, em parceria com o Correio Braziliense. Outros oito pré-candidatos ainda participarão do evento.

Seguindo as regras do evento, o pré-candidato teve quatro minutos para responder a cada questionamento dos jornalistas, totalizando 50 minutos de sabatina. O executivo da área financeira e ex-ministro da Fazenda abriu a sabatina ressaltando o seu histórico profissional a frente da equipe econômica. O pré-candidato destacou, ainda, a criação de empregos e o crescimento do PIB nos últimos dois anos.

“Tenho experiência em selecionar bons técnicos na área econômica. Nós conseguimos criar mais de dois milhões de empregos. A minha proposta é continuar reforçando as medidas de crescimento para o Brasil”, disse.

Meirelles destacou, ainda, a sua gestão quando presidente do Banco Central no período de 2003 a 2011, durante o governo Lula. O pré-candidato reforçou que está preparado para ser presidente do Brasil.

“Tenho uma história de sucesso, quando estive à frente do Banco Central, por isso, acho que tenho vantagens em relação aos demais pré-candidatos”, enfatizou.

Sobre a questão de lucros tributados e dividendos, o ex-ministro defendeu que precisa, sim, mexer na divisão de lucros do valor total das empresas. Essa medida contribuirá para o crescimento da economia.

“O importante é o total, o que se tributa do resultado final da empresa. Isso, sim, ajudará a definir o crescimento”, explicou.

Com relação à crise dos combustíveis, o pré-candidato disse ser favorável à participação do setor privado na Petrobras. A medida contribuiria para o aumento da competição gradual do setor e redução do preço final ao consumidor.

“A Petrobras não precisa ter um controle político, mas, sim, uma administração profissional por parte do Governo”, ressaltou.

Outro ponto destacado pelo pré-candidato foi a Reforma da Previdência. Meirelles destacou que o debate da Reforma foi discutido amplamente no Congresso. O ex-ministro garantiu que o assunto, caso seja eleito, voltará no próximo ano.

“É necessário fazer a Reforma da Previdência, basta olharmos exemplos de alguns países desenvolvidos da Europa. Lá, não foi possível manter a máquina da forma como estava. No Brasil não seria diferente. Precisamos debater o assunto profundamente e encontrar medidas para evitar problemas futuros aos trabalhadores”, explicou.

O pré-candidato reforçou que a aposentadoria dos servidores púbicos seja arcada com recursos de fundo privado, como a proposta baseada no Funpresp. Para Meirelles, a ideia é que os demais trabalhadores não paguem pela aposentadoria dos servidores.

“A aposentadoria do servidor público precisa ser vista de forma ampla e com muita atenção. Não é justo o Governo bancar a aposentadoria desses trabalhadores”, disse.

Henrique Meirelles respondeu ainda questões sobre a educação, saúde e saneamento básico. O presidente do Sindifisco Nacional, Auditor Fiscal Claudio Damasceno, finalizou o ciclo de perguntas ao pré-candidato. Damasceno questionou o pré-candidato sobre as medidas que serão propostas com relação à carga tributaria no país.

“A carga tributaria total é um problema para o Brasil e há muitas distorções. A primeira medida é diminuir as despesas públicas. Depois, fazer uma reforma tributária em acordo com os Estados e o Governo Federal”, finalizou.

 

Ao final da sabatina, Henrique Meirelles recebeu da DEN (Diretoria Executiva Nacional) um estudo de autoria do Sindifisco intitulado “Sistema tributário: diagnóstico e elementos para a mudança”. O material completo, de 108 páginas, ajudará o pré-candidato na elaboração de propostas para o país.

A questão do Bônus de Eficiência foi tratada com o candidato durante entrevista exclusiva com a TV Sindifisco. Confira:  

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