Auditores-Fiscais iniciam discussão da Campanha Salarial
Concentrar os esforços na operação crédito zero. Esta foi a conclamação feita pela DEN (Diretoria Executiva Nacional) durante seus informes na reunião do CDS (Conselho de Delegados Sindicais) na tarde de quarta-feira (19).
O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, destacou que a intensificação da mobilização, através do crédito zero, acontecerá paralelamente à continuidade do movimento na zona primária, com a operação-padrão. O sindicalista afirmou que a postura do Governo vai depender da atitude da categoria. Na sua visão, está claro que o Executivo vê com preocupação a queda da arrecadação, tanto que a RFB (Receita Federal do Brasil) vem tentando criar formas de alavancar os números, uma clara demonstração de que a força do movimento já vem surtindo efeito.
Delarue afirmou que, no entanto, é preciso deixar claro que qualquer medida que influencie em um resultado positivo na arrecadação passa obrigatoriamente pela motivação dos Auditores-Fiscais. “Politicamente, se não demonstrarmos nossa insatisfação de forma contundente, o Governo vai continuar sem negociar. Tudo vai depender do incômodo que a categoria causar, esse incômodo se chama crédito zero”, argumentou.
A DEN destacou que a queda da arrecadação federal nos meses de julho e agosto foi da ordem de R$ 3 bilhões, se comparado a igual período de 2011. “Se o Governo continuar verificando a queda da arrecadação, ele terá de negociar”.
O segundo vice-presidente do Sindicato, Sérgio Aurélio Velozo Diniz, ressaltou que o momento e o tratamento dispensado à categoria impõem a resistência da mobilização. “Temos de demonstrar o nosso valor. A categoria, por bem ou por mal, está sozinha, mas há condições e espaço para levar o movimento para frente”, destacou Sérgio Aurélio.
Foram disponibilizados aos delegados os dados das gerenciais de fiscalização (comparativo de execução das metas 2011-2012, de junho a setembro). Por meio dos documentos é possível verificar o grau de adesão das bases à operação crédito zero.
CNM – Alinhado ao pensamento da DEN, o coordenador do CNM (Comando Nacional de Mobilização), Eduardo Tanaka, reforçou que a Classe deve se esforçar ao máximo para manter as metas de fiscalização baixas.
Tanaka citou a criação do plantão do CNM, que vem de forma contínua levantando as informações sobre a mobilização em todo o país. O Comando ainda distribuiu aos presentes um caderno com orientações para a intensificação do crédito zero e adiantou aos delegados que, muito em breve, serão convocadas reuniões com os CRM (Comando Regional de Mobilização) para uma maior aproximação com a base.
A DEN e o CNM responderam ainda aos questionamentos dos delegados. Na sequência, foram dados os informes das Delegacias Sindicais cujo foco central foram para as questões locais que influenciam diretamente na mobilização.
A análise de conjuntura também foi vencida nesta quarta-feira, que teve como tema central os rumos que o governo vem adotando no tratamento aos servidores públicos. As discussões serão retomadas às 9h desta quinta-feira (20).