Carreiras de Estado debatem novas estratégias de mobilização
As oito entidades representativas das carreiras típicas de Estado que não assinaram o acordo, propondo reajuste de 15,8%, apresentado pelo Governo, reuniram-se na quarta-feira (19/9), na sede do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho), para avaliar os próximos passos da mobilização conjunta.
Os sindicalistas expuseram o sentimento de suas bases acerca da continuidade do movimento. Os diretores do Sindifisco Nacional, Rafael Pillar (Relações Intersindicais) e João Eudes da Silva (Políticas Sociais e Assuntos Especiais) afirmaram que foi acertada a decisão dos Auditores-Fiscais de não assinar o acordo. "A nossa categoria não aceita os 15,8%. Vamos continuar mobilizados até que o Governo entenda a importância da nossa carreira e nos apresente uma nova proposta”, explicou Rafael Pillar.
"O Governo está anunciando que irá arrecadar R$86 bilhões. Queremos saber como. O clima entre os colegas é ‘ânimo zero’ para fiscalizar, em função do tratamento recebido do Governo", completou João Eudes.
Entre as demais carreiras o sentimento é parecido. Com o intuito de manter a mobilização conjunta, as entidades estão desenvolvendo uma nota pública para denunciar à sociedade a forma desrespeitosa que o Governo tratou a negociação. O documento será divulgado nos veículos de comunicação das entidades e encaminhado à cúpula do Executivo, assim como para deputados e senadores.
O grupo também está estruturando um projeto para a realização de um ciclo de debates acerca dos direitos coletivos dos servidores. A ideia é iniciar o debate em Brasília e depois levar as discussões para os estados.