Manuela D’Ávila defende medidas de recuperação econômica e política

Em prosseguimento às arguições do “Correio entrevista: Pré-candidatos 2018” — ciclo de sabatinas promovido pelo Sindifisco Nacional em parceria com o Correio Braziliense–, a pré-candidata Manuela D’Ávila (PCdoB) reafirmou a força da mulher na busca de saídas políticas, em eleições livres e limpas, para a crise econômica. Para isso, a presidenciável alega que é essencial repensar o país como um Estado forte. De acordo com D’Ávila, transparência e fiscalização são mecanismos eficazes para isso, junto com o combate à corrupção.

Correlato a isso, Manoela criticou a política de privatização de empresas que, na opinião da pré-candidata, são estratégicas para o Brasil. “O tema da privatização é um tema abstrato. O que o governo temer propõe é o desmonte abstrato do Brasil”, protestou.

A Seguridade Social também foi pauta da sabatina à Manuela D’Ávila, que afirmou a necessidade de debater o real déficit, considerando o que se fala pelo Governo e o que comprovou a CPI da Previdência. E debater sobre sonegação, qual o real impacto disso na Previdência social. E também avaliar a idade proposta para as aposentadorias.

Essas discussões, na opinião dela tem que envolver a sociedade. “É preciso fazer um debate global sobre a reforma da previdência”, afirmou ao comparar com os métodos adotados em outros países. “A gente quer uma reforma pra punir parte dos trabalhadores ou a gente quer enfrentar privilégios?”, completou.

Em se tratando de recomposição do Estado, Manuela cita que a melhoria na educação é fundamental. No entanto, a pré-candidata não acredita que a federalização solucione o problema no setor. Um ponto a ser pensado, segundo Manoela, é a ampliação do tempo que os estudantes passam na sala de aula. Em seguida, promover melhorias no ensino superior e na educação infantil – este último, com vistas a reduzir a evasão.

A exemplo das reformas tributária e da Previdência, a presidenciável defende que deve ser iniciado o debate sobre a reforma na segurança. “Quero ser a presidente que faz um pacto pelo combate aos homicídios e aos crimes sexuais”, atestou. A ideia é ampliar o índice de resolução de crimes e melhorar o funcionamento e preparação das polícias. Também seriam aprimoradas as ouvidorias e as inspetorias policiais.

Baseada em dados e evidências de que há pessoas que se evadem de declarar à Receita Federal a origem de bens, Manuela afirmou ser a favor de debater um programa que preserve a legalidade no processo de repatriação.

Antes de entregar à deputada o estudo técnico do Sindifisco Nacional: “Sistema tributário: diagnóstico e elementos para a mudança”, o presidente do Sindicato, Auditor Fiscal Cláudio Damasceno perguntou a opinião da pré-candidata com relação à reoneração da folha de pagamentos. “No Brasil, todos os governos recentes adotaram políticas de refinanciamento de dividas, que enfraquece a administração tributária e enfraquece os cofres do governo”, explicou Damasceno.

Em resposta, Manoela se disse favorável à tributação de grandes fortunas, de bens de luxo e de adotar uma política de medidas que promovam o equilíbrio e equidade fiscal. Portanto a reoneração, segundo ela, poderia, sim, ser adotada.

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