Manifesto coletivo de renúncia é foco de reunião com julgadores, Direção Nacional, CDS e CNM

O prazo cada vez mais exíguo para que o governo decida pela regulamentação da Lei 13.464 tem exigido a intensificação das ações reivindicatórias dos Auditores-Fiscais em todos os setores da Receita Federal. Em virtude disso, muitas têm sido as reuniões com colegas atuantes em áreas estratégicas. Na tarde desta quinta-feira (24), foi a vez de os representantes da Direção Nacional, do Comando Nacional de Mobilização (CNM) e do Conselho de Delegados Sindicais (CDS) debaterem novamente os rumos da mobilização com Auditores-Fiscais que atuam nas Delegacias da Receita Federal de Julgamento (DRJ) de todo o país.

O aumento na adesão dos julgadores em prol da publicação de um manifesto coletivo com o compromisso de renúncia aos mandatos deram a tônica do encontro telepresencial. O elevado grau de insatisfação dos Auditores das DRJ com a desvalorização do cargo e da Receita foi comprovado no resultado parcial da enquete que está sendo respondida pelos julgadores. Apesar disso, o desafio, nesse momento, é sensibilizar aqueles que ainda não aderiram à estratégia.

A consulta ainda segue em curso. Até o fechamento desta matéria, 77% dos julgadores que responderam a enquete declararam que assinam o manifesto e o termo de renúncia se a determinada quantidade de julgadores for favorável. Dentre as delegacias com maior engajamento à enquete, estão a DRJ 4 (86%) e a DRJ 8 (78%). Já os locais onde o engajamento precisa ganhar mais força são a DRJ 2 (18%) e a DRJ 1 (22%).

“Precisamos de fatos novos e da oportunidade de mostrar ao governo que nossa indignação é real e pode crescer ainda mais. Esse esforço deve ser de todas as áreas e é crucial, pois nada está garantido”, disse a 2ª vice-presidente do Sindifisco Nacional, Auditora-Fiscal Natália Nobre. A dirigente lembrou que, além da importante contribuição da base, o sindicato tem reforçado, no Congresso Nacional e no Executivo, as articulações com parlamentares e atores políticos que estão realizando interlocuções a favor das demandas da categoria.

“Vocês sabem a importância dessa mobilização e o quanto é fundamental a união de todos. Estamos aqui para ouvir e para apoiar novas ações que venham a garantir um esforço extra nessa fase final até o dia 4 de abril”, completou o coordenador do CNM, Auditor-Fiscal Sérgio Aurélio.

Outro integrante do Comando, o Auditor-Fiscal Marcus Dantas, acrescentou que os julgadores têm a condição de fazer um grande gesto político com esse manifesto. “Não abram mão desse poder, pois isso pode ser um divisor de águas na decisão do governo em atender nosso pleito”.

Na oportunidade, vários Auditores reiteraram o compromisso com o movimento, relataram as ações em curso que vêm gerando impacto nas suas DRJ e compartilharam novas propostas para a mobilização junto à Direção Nacional, ao Conselho de Delegados Sindicais e ao Comando. A reunião contou ainda com o relato de uma Auditora conselheira do CARF, que falou sobre a dinâmica de mobilização dos demais colegas e do compromisso crescente de cada um no movimento a partir da organização de um grupo, com mapeamento de informações e troca de ideias. O debate gerou apontamentos, que serão levados para a próxima reunião do CNM.

“Novas decisões se pautam em um movimento espontâneo em que só os julgadores é que podem assumir. O que cabe à Direção Nacional e ao CNM é apoiar. Da nossa parte, estamos colocando todo o respaldo para que façam o que for necessário”, reiterou o 1º diretor-adjunto de Administração e Finanças, Auditor-Fiscal Luís Sérgio Borges Fantacini.

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