Sindifisco lamenta morte de senador Romeu Tuma
Faleceu às 13h desta terça-feira (26/10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o ex-secretário da RFB (Receita Federal do Brasil) e senador Romeu Tuma (PTB/SP). O político, de 79 anos, foi submetido, no último dia 2, a uma cirurgia cardíaca, para colocação de um dispositivo de assistência ventricular que auxilia o coração e, desde então, seguia internado. O corpo será velado na Assembléia Legislativa de São Paulo e enterrado na capital paulista nesta quarta-feira, conforme informações da assessoria do parlamentar.
Tuma foi secretário da Receita durante o governo do presidente Fernando Collor (1990-1992) e sua relação com a instituição permaneceu após deixar o cargo. Ao participar do seminário “Lei Orgânica do Fisco: boa para a sociedade, essencial para o Brasil”, ocorrido no dia 7 de abril, na Câmara dos Deputados, ele relembrou os trabalhos à frente do órgão e agradeceu aos Auditores-Fiscais, reverenciados por ele, na ocasião, como pessoas de “eficiência invejável, que honram a atividade e servem o país, principalmente, na área econômica”.
“Vocês são da minha família, cada um de vocês representa um pedaço da minha vida. Até hoje eu tenho grandes amigos na Receita e nunca me sai da memória a homenagem que recebi. Por isso, quando há qualquer reivindicação eu não quero nem saber o que é, eu preciso ajudar a aprovar porque ninguém tem um pensamento negativo em desfavor da população dentro da Receita”, disse emocionado aos cerca de 600 participantes que lotavam o auditório Nereu Ramos, durante o evento promovido pelo Sindifisco Nacional.
“O Auditor tem de ser respeitado. Esta é uma atividade de Estado que não pode sofrer nenhuma interferência política. Peço a Deus para me manter vivo para ser o relator dessa matéria”, concluiu seu discurso ao defender a aprovação da LOF (Lei Orgânica do Fisco) para os Auditores-Fiscais.
Histórico – Além de secretário da RFB – cargo que acumulou com o de diretor-geral da Polícia Federal – Tuma assumiu anteriormente, em 1983, a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Depois, exerceu a função de diretor-geral da Polícia Federal no estado. Em 1991, passou a ocupar uma vice-presidência da Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC-Interpol), que congrega as polícias de 186 nações.
Em 1995, afastou-se do Poder Executivo para cumprir, pelo PL, seu primeiro mandato de senador por São Paulo, com mais de 5,5 milhões de votos. Em 2002, reelegeu-se pelo PFL, com 7.278.185 votos, para o mandato que terminaria este ano. Em 2003, foi eleito 1° secretário da Mesa Diretora do Senado, o quarto cargo em importância na hierarquia parlamentar.
Mais tarde, filiou-se ao PTB. Tuma foi candidato à reeleição em outubro, mas, impossibilitado de participar da campanha em razão do tratamento de saúde, não foi reeleito. No Senado, também foi corregedor – cargo até hoje somente exercido por ele – e focou sua atuação em questões ligadas à segurança pública.
O Sindifisco Nacional presta solidariedade a familiares e amigos do ex-secretário neste momento de dor.
(Com informações da Agência Senado)
Assista, a seguir, à vídeo da participação de Romeu Tuma no seminário “Lei Orgânica do Fisco: boa para a sociedade, essencial para o Brasil”.