Julgamento do Caso Sevilha foi reagendado mais uma vez

Depois de dois cancelamentos e inúmeros adiamentos, o júri popular que vai julgar três dos cinco acusados pelo assassinato do Auditor-Fiscal José Antônio Sevilha foi remarcado. Aguardado há quase 17 anos, o julgamento estava marcado para o dia 22 de agosto. Agora a previsão é que se inicie no dia 5 de outubro.
Sevilha foi assassinado com cinco tiros em setembro de 2005. A investigação policial apontou que ele foi morto em função de uma investigação que desempenhava como chefe da Seção de Controle Aduaneiro em Maringá. Conhecido pelo combate às fraudes em importações, Sevilha, segundo as informações divulgadas, havia descoberto um esquema fraudulento na empresa do ramo de brinquedos Gemini, do empresário Marcos Gottlieb, apontado como mandante do crime.
Além do empresário, serão julgados Fernando Ranea da Costa, apontado como executor, e o advogado Moacyr Macedo, que teria intermediado o contato entre os dois.
A primeira tentativa de julgamento aconteceu em 2019 e acabou sendo cancelada porque o advogado de Marcos Gottlieb abandonou o local. A segunda tentativa aconteceu em 2020 e foi mais uma vez cancelada após um dos jurados ter passado mal.
Agora, o julgamento foi remarcado, a princípio para outubro, porque o empresário está com novos advogados que argumentaram precisar de mais tempo para analisar os autos.
O júri é o primeiro a ser realizado pela Justiça Federal de Maringá. O advogado Odel Antun, contratado pelo Sindifisco Nacional, continua acompanhando o caso como assistente de acusação e também representando a viúva de Sevilha.