Julgadores das DRJ discutem estratégias de mobilização com Sindifisco e CNM

Em uma reunião que durou aproximadamente duas horas e meia, realizada na tarde desta quarta (9), Auditores-Fiscais das Delegacias da Receita Federal de Julgamento (DRJ) forneceram, à direção executiva nacional e ao Comando Nacional de Mobilização (CNM), informações atualizadas de cada uma de suas respectivas unidades. Eles apresentaram os números referentes aos pedidos de exoneração e ao preenchimento do FRA em todas as dez DRJ do país.
O encontro, em formato telepresencial, foi uma iniciativa do Sindifisco Nacional e do CNM para ouvir os integrantes das DRJ e discutir os próximos passos da mobilização da categoria. Houve, também, a participação de Auditores-Fiscais que atuam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Apesar das especificidades de cada unidade representada na reunião, a visão geral é a de que fevereiro e março serão meses decisivos para o sucesso da mobilização.
Boa parte das intervenções, ao longo da reunião, foi em torno da perplexidade causada pela Portaria 118/2022 junto à categoria. Os participantes falaram muito acerca do receio generalizado de desligamento do teletrabalho em razão das alterações na aferição de metas. Foram recorrentes os questionamentos sobre quando os novos critérios de aferição começarão a valer e sobre a obrigatoriedade de haver a designação de um chefe ou substituto para que o Auditor ingresse no teletrabalho.
A 2ª vice-presidente do Sindifisco Nacional, Natália Nobre, lembrou que o Sindicato já está cobrando da A 2ª vice-presidente do Sindifisco Nacional, Natália Nobre, lembrou que o Sindicato já está cobrando da administração os devidos esclarecimentos. Reiterou que a retroatividade da Portaria carece de respaldo jurídico. E que tais dúvidas não podem inibir o engajamento dos Auditores-Fiscais na mobilização. “Não devemos retroceder em razão de fatos que parecem andar contra a mobilização”, asseverou Natália, reforçando a importância do não preenchimento do FRA, conforme aprovado em Assembleia.
Na avaliação do 1º diretor-adjunto de Administração e Finanças do Sindifisco, Luís Fantacini, para que os resultados pretendidos sejam alcançados, é necessário seguir as decisões aprovadas pela maioria, ainda que isso interfira em questões particulares. Fantacini informou que, enquanto a categoria faz sua parte, o Sindicato segue tentando uma audiência com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, com vistas à regulamentação do bônus de eficiência.
O coordenador do CNM, Sérgio Aurélio, acrescentou que todo movimento reivindicatório envolve riscos, em maior ou menor grau. Mas, segundo Sérgio, é justamente a união da categoria que contribui para a diminuição de qualquer risco. “Se nós aceitarmos as ameaças hoje, significa que nós vamos pagar essa conta por muitos anos ainda. Vamos ficar sucateados por muitos anos”, alertou Sérgio.