Jornal destaca prejuízos da mobilização
Na edição de sábado (12/1), o Correio Braziliense noticiou que o Governo Federal ainda contabiliza os prejuízos causados pela onda de greves do setor público em 2012 e destacou as perdas causadas pela mobilização dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil). O jornal destaca que há uma lacuna de receitas tributárias provenientes de multas que deveriam ter sido impostas a contribuintes que deixaram de pagar impostos.
A matéria ressalta que, no “ano passado, o lançamento desses créditos foi seriamente comprometido pela operação-padrão dos auditores fiscais da Receita Federal (sic) entre 18 de junho e 19 de dezembro. Por causa disso, desde julho o Fisco deixou de atualizar os valores do chamado passivo tributário – dívidas cobradas de pessoas físicas e empresas por conta de multas, parcelamentos e outras cobranças”, diz o texto.
Ainda segundo a publicação, até dezembro, o Governo considerava receber R$ 1,064 trilhão, e a falta de atualização dos valores impediu a divulgação dos balanços da fiscalização de 2012.
O jornal relembrou a forma encontrada pela Classe para pressionar o Palácio do Planalto nas negociações, com a denominada operação-padrão e o crédito zero nas zonas primárias e secundárias, respectivamente.
Equívoco – Embora o jornal afirme que o Sindifisco Nacional "comemora" o impacto das ações no lançamento de créditos tributários, na verdade, a entidade reconhece que uma mobilização da envergadura que foi a dos Auditores-Fiscais causa prejuízos para ambos os lados e constrangimentos à RFB.
No entanto, o Sindicato relembra que a intransigência do Governo expressa na falta de apresentação de contrapropostas, não deixou alternativas à Classe, se não as ações que foram consideradas pelos Auditores-Fiscais como a melhor forma de manifestar suas justas reivindicações. Em função dessa postura do Executivo, a maior prejudicada foi a sociedade, o que comprova que o melhor caminho é a negociação efetiva.
Vale salientar que o Sindifisco Nacional não trabalha no sentido de causar prejuízos à RFB ou à sociedade, mas sim na defesa da valorização dos Auditores-Fiscais e de um tratamento adequado à categoria. Também não traz nenhum alento à entidade saber que setores da sociedade podem ser prejudicados por atos relacionados ao movimento reivindicatório da Classe. No entanto, no ano que se passou, a atitude autoritária e antidemocrática do Governo não deixou alternativas aos Auditores-Fiscais.