Jornais abordam reflexos da mobilização dos Auditores em portos e aeroportos
O descaso do Governo para com as reivindicações dos Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) vem causando desconforto para setores da economia. Desde que foi deflagrado o movimento de mobilização com a realização de operação-padrão e crédito zero por tempo indeterminado, em 18 de junho, diversos veículos de comunicação alertam para os reflexos da iniciativa.
Na quarta-feira (27/6), O Estado do Maranhão, no texto “45 navios na Baía de São Marcos aguardam vagas nos portos de São Luís”, alerta que nesta semana a fila de navios à espera de vaga nos portos da Ilha alcançou o maior pico no mês. “De acordo com sites de monitoramento do tráfego marítimo, este é o maior número de embarcações fundeadas desde o início do mês. Na semana passada, o maior quantitativo registrado de navios na Baía era de 36, quando começou a operação padrão dos Auditores da Receita Federal!”, destaca a reportagem.
O jornal ressalta que, de acordo com o CNM (Comando Nacional de Mobilização) do Sindifisco Nacional, a operação padrão está sendo realizada em todo o país (portos e aeroportos) e já se reflete em várias regiões.
“Os reflexos da mobilização dos Auditores-Fiscais, com a operação-padrão [fiscalização meticulosa] e o crédito zero [atividades relativas ao fisco], deverão ser sentidos mais na balança comercial do que no movimento dos portos", explicou o presidente da DS (Delegacia Sindical) no Maranhão, Luiz Fernando da Conceição Martins.
Na matéria “Greve dos Auditores da Receita já afeta as exportações da RMC”, o jornal Todo Dia, de Campinas (SP), reforça que o movimento dos Auditores-Fiscais da RFB já afeta o comércio exterior da RMC (Região Metropolitana de Campinas), principalmente o Aeroporto Internacional de Viracopos.
A publicação destaca os pleitos da Classe e lembra que até o momento o Governo não apresentou uma contraproposta à pauta reivindicatória da categoria.
“Nos últimos quatro dias deixaram de ser despachadas mil toneladas de cargas, o que traz um impacto significativo”, afirma o diretor de comércio exterior do Ciesp/Campinas, Anselmo Riso.